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Política

Disputa por Minas e Energia segue aberta, dizem fontes


Reuters - 06 abr 2018 - 16:40

A disputa pelo cargo de ministro de Minas e Energia, após a saída de Fernando Coelho Filho, que deixou a pasta para disputar as eleições, está acirrada e deverá adentrar o final de semana, disseram à Reuters fontes envolvidas nas conversas.

O posto é visto como chave em um momento em que se discute a privatização da Eletrobras no Congresso Nacional, onde a desestatização da empresa enfrenta resistências de políticos.

Coelho Filho, cuja exoneração saiu nesta sexta-feira no Diário Oficial da União, trouxe uma equipe técnica ao ministério. Contudo, o principal nome desse time, o secretário-executivo Paulo Pedrosa, também decidiu deixar o cargo, segundo uma das fontes.

Em meio à saída de Coelho Filho e Pedrosa, as ações preferenciais da estatal da Eletrobras operavam em queda de mais de 8% por volta das 12:30 desta sexta-feira.

Atualmente, um dos cotados para assumir a pasta é o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco (MDB-RJ), mas existe uma corrente do MDB que defende o nome do deputado federal Saraiva Felipe (MDB-MG), afirmou uma das fontes, sob a condição de anonimato.

Correm por fora, ainda, nomes técnicos, como o do secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, afirmou a segunda fonte, embora com a ressalva de que uma solução “política” ganhou força nos últimos dias.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, já vinha avisando a pessoas próximas que deixaria o posto junto com o ministro, a não ser que seu nome fosse o escolhido para assumir a pasta, adicionou a fonte.

Procurado, o Ministério de Minas e Energia não comentou de imediato.

Mudança importante

A renúncia de Pedrosa, que já foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e presidiu associações do setor elétrico, pode levar à saída de mais nomes técnicos importantes no Ministério de Minas e Energia e dificultar o avanço de temas importantes, na avaliação de uma fonte próxima à Eletrobras.

“Sai o Fernando (Coelho Filho), sai o Pedrosa. Acho que as ações caem nesta sexta-feira”, afirmou.

Analistas apontavam Pedrosa como um nome fundamental na discussão de assuntos como os planos do governo de privatizar a Eletrobras, reformar a regulamentação do setor elétrico e concluir uma renegociação do chamado contrato da Cessão Onerosa junto à Petrobras.

Fartamente elogiado por associações que representam investidores devido a seu perfil técnico, Pedrosa chegou a ser cotado para assumir o ministério, mas seu nome perdeu força ao longo das últimas semanas.