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Motores

Scania lança ônibus rodoviário movido a gás natural


Folhapress - 08 fev 2021 - 11:23

A Scania começou 2020 otimista. Seus caminhões movidos a GNV (gás natural veicular) estavam sendo preparados para entrega e a linha a diesel também passava por evoluções. A empresa esperava por um crescimento de 10% a 15% em relação a 2019, mas então veio a pandemia.

A fábrica de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) ficou parada em parte dos meses de março e de abril. Como trabalha sob demanda, a montadora de caminhões não tinha estoque para atender pedidos que surgiam no embalo do agronegócio. Isso levou à perda de participação em 2020, mas não mudou o foco.

O gás natural continua sendo a aposta para 2021, agora com a oferta de ônibus movidos a GNV ou biometano. O veículo será colocado à prova no Rio Grande do Sul, no fretamento para a empresa Gerdau por meio da Turis Silva.

Trata-se de um modelo rodoviário, apto a percorrer grandes distâncias. Serão 190 km por dia entre as cidades de Porto Alegre, Charqueadas e São Jerônimo -a autonomia é de 300 km, segundo a Scania.

Os cilindros de GNV são acomodados em um espaço que tradicionalmente seria ocupado por bagagens. Esse é um dos problemas do gás natural: o volume dos reservatórios de combustível.

Mas há vantagens ambientais, com redução nas emissões de poluentes e de gás carbônico, e econômicas.

Algumas empresas são capazes de gerar biometano para abastecer suas frotas. Esse combustível de origem vegetal pode, por exemplo, ser produzido a partir de rejeitos nas fazendas.

Por enquanto, veículos pesados movidos a gás são raros. Dos 8.712 caminhões vendidos pela Scania em 2020, apenas 70 consomem GNV. Entretanto, a solução é importante para a empresa reduzir as emissões globais de sua frota e se enquadrar em legislações ambientais mais rígidas.

A marca sueca acredita que as vendas no segmento de ônibus e caminhões irão crescer 13% em 2021 na comparação a 2020. Apesar da pandemia, os planos estão mantidos: a montadora inicia neste ano um ciclo de investimentos em que R$ 1,4 bilhão serão aplicados até 2024.

Eduardo Sodré – Folhapress