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Motores

FPT anuncia investimento de R$ 127 mi para desenvolver motores movidos a biocombustíveis


BiodieselBR.com - 05 nov 2024 - 10:18

A FPT Industrial – parte do Grupo Iveco – informou que pretende investir R$ 127 milhões nos próximos quatro anos em ações de pesquisa e desenvolvimento com foco em novos motores movidos a biocombustíveis. O anúncio foi feito durante a Fenatran – evento do setor de transportes que acontece até em São Paulo até a próxima sexta-feira (08).

Segundo o presidente da empresa para a América Latina, Carlos Tavares, o aporte destina-se ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, com um forte foco no potencial energético da região. “Nossa engenharia local usará o valor para desenvolver novos projetos de biocombustíveis, muito focado no biodiesel, gás e etanol”, disse.

A FPT já tem um projeto em parceria com a New Holland para a criação de um motor à etanol que será utilizado inicialmente em colheitadeiras de cana-de-açúcar. A expectativa é que, no futuro, a mesma tecnologia possa ser adaptada para os caminhões que transportam a cana. Isso permitiria que as propriedades produtoras de cana operassem 100% com combustível renovável.

Além disso, a FPT desenvolve o Repower FPT, uma solução para substituir motores a diesel por motores a gás, certificados com o padrão Euro 6 de emissões. A ideia é que essa solução possa ser aplicada em qualquer veículo que hoje utiliza diesel.

Em alta

A FPT projeta que o segmento de caminhões continue em alta. Em 2023, o mercado registrou um aumento de 12%, com aproximadamente 203 mil unidades vendidas. A estimativa para 2025 é de um crescimento mais moderado, de cerca de 3%, totalizando 209 mil unidades.

Por outro lado, o setor de máquinas agrícolas sentiu o impacto das condições climáticas extremas em 2024, com chuvas intensas no Sul e seca severa no Cerrado, o que causou uma queda nas vendas em torno de 15% em relação ao ano anterior. Ainda assim, a FPT espera uma leve recuperação para 2025, com crescimento de 2% e vendas chegando a 73 mil unidades.

Já o setor de construção deverá enfrentar retração de carca de 4% no próximo ano devido à restrição de crédito.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com