Curitiba deve expandir frota de ônibus movidos a biodiesel
A meta é ampliar a frota movida exclusivamente com biodiesel para 100 ônibus até o fim de 2012, informou a assessoria de imprensa da Urbanização de Curitiba (URBS) – empresa que cuida do sistema de transportes públicos da capital paranaense. Atualmente a frota da cidade conta com um total de 30 veículos rodando com combustível renovável.
Atualmente são seis carros fazendo a linha Circular Sul do Sistema Expresso e 24 na linha Boqueirão e Pinheirinho / Carlos Gomes do chamado Expresso Ligeirão. Esse último grupo é formada pelo maiores ônibus biarticulados fabricados no mundo com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros cada um.
Com seus números atuais, o programa da URBS consome uma média de 190 mil litros de biodiesel por mês que são fornecidos com exclusividade pela BSBios ao preço de R$ 2,279 por litro. Esse volume deverá triplicar com o aumento da frota. O combustível consumido é fabricado exclusivamente a partir de óleos vegetais para evitar eventuais dificuldades relacionadas ao elevado ponto de entupimento do biodiesel feito a partir de gorduras animais.
A parceria com a BSBios vem desde a fase piloto do projeto curitibano iniciado ainda em 2008. O projeto envolveu, além da URBS e do fabricante de biocombustível, fabricantes de chassis, institutos de pesquisa e transportadores.
Embora não seja o maior de seu gênero do país, o programa tem sido usado como cartão de visita da cidade. Uma das metas da URBS é que, até a Copa do Mundo de 2014, 20% dos 1.900 carros que compõem a frota operante da cidade seja abastecida exclusivamente com B100.
No começo de fevereiro, o vereador Professor Galdino (PSDB) protocolou junto à Câmara Legislativa de Curitiba um requerimento com indagações a respeito do biodiesel consumido pela URBS.
Em entrevista para BiodieselBR, Galdino disse que seu maior interesse é conhecer melhor a origem desse biodiesel. Ele acha que o biodiesel é uma grande oportunidade de aumentar a renda da agricultura familiar de forma que os agricultores não precisem mais migrar para as cidades onde, geralmente, acabam indo viver em bairros periféricos com uma qualidade de vida comprometida. Ele acredita que dando mais visibilidade às informações da URBS, seria possível estimular projetos similares em outras cidades brasileiras. “Todo mundo ganha com isso”, diz acrescentando que ainda está à espera das informações solicitadas.
Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com
