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Natureza

Catadores procuram alternativas para enfrentar a crise


EPTV.com - 11 mar 2009 - 06:17 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:08

A crise internacional derrubou o preço dos materiais recicláveis como a latinha, o plástico e o papelão, prejudicando as atividades dos catadores de reciclados. Para eles, os produtos estão rendendo metade do que rendiam no ano passado.

Desde novembro de 2008, o quilo do papelão caiu de R$ 0,42 para R$ 0,08, uma redução de 80%.
A garrafa plástica caiu de R$ 1 para R$ 0,60. O alumínio, que valia R$ 4 o quilo, agora vale R$ 1,20. O cobre, caiu de R$ 14 para R$ 4,50.

O presidente de uma cooperativa de Orlândia, Anderson da Silva Nassif, explica a fase."As recicladoras alegam que os pedidos nas indústrias para quem elas vendem caíram e por isso estão pagando menos". A catadora Maria Joana de Souza, conta o drama. “Estamos trabalhando o dobro pra tentar ganhar o mesmo, e ainda não dá.”

Representantes de vinte cooperativas do Estado de São Paulo se reuniram em busca de alternativas para salvar a renda dos cooperados. Um dos caminhos é ampliar a coleta de óleo usado de cozinha, usado para a produção de ração animal e biodiesel.

Por causa da organização do serviço, a cooperativa conseguiu há dois anos um empréstimo do BNDES. Hoje, os catadores tem um caminhão próprio para a coleta e uma sede com sala de computadores.

Os cooperados de Orlândia também estudaram as leis e descobriram que a prefeitura pode pagar pelo serviço de limpeza de rua, que é feito por eles, como coleta de lixo. Uma lei federal de 2007 autoriza os municípios em todo o país a fazer este tipo de contrato, sem licitação, e que pode trazer benefícios para os dois lados.

O prefeito de Orlândia, Rodolfo Meirelles, fez as contas e acha que a medida pode reduzir os gastos de R$ 3 milhões por ano com a limpeza pública. “É menos do que a gente gasta com a empresa terceirizada”, informa Meirelles.