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Soja

Esmagamento de soja em março é recorde em Mato Grosso


Diário de Cuiabá - 03 mai 2019 - 08:59

O volume de soja em grão enviado às indústrias, em março, foi recorde da série histórica no Estado ao somar quase um milhão de toneladas. De acordo com o último levantamento de esmagamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no mês passado foram esmagadas aproximadamente 936,2 mil toneladas (t). “Este é o maior volume da série histórica, alta de 9,67% quando comparado a fevereiro”, pontuam os analistas do órgão.

Para o ano, o Imea estima que Mato Grosso esmague cerca de 9,91 milhões de toneladas de soja, o que, caso se concretize, será o maior volume na série histórica.

Analisando o histórico, o esmagamento no Estado tem seus maiores volumes entre os meses de março e maio, período de maior oferta de grãos, o que possibilita um nível maior de envio às indústrias. “Apesar do volume recorde, é importante salientar que a margem bruta vem reduzindo, registrando em março queda de 4,88% em relação ao fechamento de fevereiro, sendo que um dos fatores para este recuo é a desvalorização do farelo no mercado Internacional”, explicam os analistas.

Cotação

As rações que alimentam os rebanhos suínos chineses têm como base o farelo de soja, por isso, este mercado é diretamente afetado pelos surtos de Febre Suína Africana (FSA) registrados no país asiático.

O primeiro surto da doença na China ocorreu no início de agosto de 2018, e desde então se espalhou por todo o país, afetando milhões de cabeças. A redução do número de suínos devido à doença faz com que haja um menor consumo de ração, o que impacta diretamente na demanda da soja e seus subprodutos, como o farelo.

Desde agosto de 2018, as cotações do farelo de soja na China, recuaram cerca de 15,1% e em 2019 acumulam queda de 5,76%. “O enfraquecimento da demanda influencia as importações de soja pela China, que já reduziram 14,33% em 2019 comparado ao ano passado. Sem sinais de controle da doença, ainda é incerto qual será o real impacto em toda a cadeia da soja mundial”, alertam os analistas.