Com ritmo aquecido, exportações brasileiras de soja descolam da curva média
Nesse ponto do ano, as exportações brasileiras de soja in natura costumam refluir à medida que o país se encaminha para o período de entressafra. Não é bem o que está acontecendo desta vez. De acordo com a atualização mais recente da plataforma de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em julho foram exportadas um pouco mais de 12,2 milhões de toneladas do insumo.
Embora esse volume represente uma queda de quase 9% em relação ao mês anterior, ela foi muito mais suave do que os 23,5% que o período entre vinha apresentando – em média – nos cinco anos anteriores. Já é o segundo mês no qual o gradiente de baixa das exportações fica abaixo do que se poderia esperar, fazendo com que a linha de 2025 comece a descolar de forma mais sensível da curva média.
Os exportadores têm com o que trabalhar. O país colheu a maior safra de soja de sua história. Segundo a estimativa mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), este ano o Brasil produziu 169,5 milhões de toneladas – um aumento de 8,8% sobre as 155,7 milhões do recorde anterior, registrado no ciclo 2022/23.
