Parceria vai criar Polos de Produção de Mamona em sete cidades do NE

Incentivar o desenvolvimento sustentável da cultura da mamona por meio de capacitação de técnicos, facilitadores e agricultores familiares. Esse é o objetivo de um projeto que se encontra na fase de elaboração para o estabelecimento de Polos de Produção Assistida de Mamona que funcionarão nos moldes das Unidades Técnicas de Demonstração (UTDs) – Escolas de Campo. A parceria entre Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Petrobrás e Embrapa que vai viabilizar a iniciativa foi firmada nos dias 06 e 07 de dezembro na sede da Embrapa Algodão, em Campina Grande (PB). Inicialmente a ideia é beneficiar produtores do Semiárido.

O projeto será direcionado para pequenos produtores que tenham de dois a cinco hectares plantados. Cada UTD/Escola de Campo funcionará como polo de aprendizado de técnicas de cultivo, manejo, colheita e pós-colheita. A perspectiva é que os produtores sejam autossustentáveis e aptos a conduzir sua própria produção a partir de dois anos e que os modelos desenvolvidos sejam, então, disseminados para outros locais. 

Segundo o coordenador regional de Biodiesel no Nordeste e Minas Gerais do MDA, Stephan Görtz, a idéia do projeto “é aprender fazendo”. “O projeto trará visibilidade para os produtores da mamona uma vez que investidores e indústrias interessadas terão esses modelos como referência”, diz acrescentando que os resultados desse trabalho devem colaborar para quebrar a resistência do empresariado que ainda têm dificuldade de enxergar a viabilidade da cultura da mamona para. “O modelo irá demonstrar a cultura como economicamente viável – que vale a pena o Estado investir na formação desses núcleos”, completa.

Alcance
Serão contemplados sete municípios nos estados da Bahia e do Ceará. A coordenação e a capacitação para transferência de tecnologia ficará sob a supervisão da Embrapa Algodão. “A Embrapa dispõe de um elenco de tecnologias para a produção da mamona capaz de promover um novo estímulo à cultura por parte dos agricultores de base familiar”, explica o chefe de Transferência de Tecnologia, Odilon Reny Ribeiro, segundo o qual a mamona é uma das poucas opões rentáveis para a agricultura do semiárido. “Esta parceria é muito bem-vinda, pois é através da soma de esforços que poderemos promover com maior amplitude a cultura da mamona”, prossegue.

O projeto deve ter início em meados de 2013 e os primeiros resultados devem ser apresentados já no VI Congresso da Mamona que acontecerá em 2014, em Fortaleza (CE).

Com adaptações BiodieselBR.com