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Pinhão-manso

Pesquisa indica que produtividade do pinhão-manso pode dobrar


BiodieselBR.com - 14 mai 2012 - 14:56 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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É possível fazer a produtividade das lavouras de pinhão-manso dar um salto de quase 100% em apenas dois anos. A descoberta feita pela pesquisadora Catiele Vieira Borges está descrita no artigo “Ganhos genéticos preditos com a seleção de indivíduos de pinhão-manso nos dois primeiros anos de plantio”. O trabalho descreve os resultados que ela obteve em dois anos de pesquisa como aluna de mestrado do Programa de Agronomia Tropical da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Segundo a pesquisadora, seu trabalho foi resultado de uma parceria entre a UFAM e a Embrapa.  Ela foi coorientada pelo professor do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET / UFAM), Fábio Medeiros Ferreira, e pelo pesquisador da Embrapa Rondônia, Rodrigo Barros Rocha. Essa parceria permitiu que ela tivesse acesso aos dados de produtividade das culturas de pinhão-manso conduzidas pela Embrapa em Rondônia.

“Durante dois anos, a gente trabalhou para inferir o progresso genético obtido pela seleção dos melhores indivíduos da cultura. O que a gente observou é que, com a seleção, tivemos um ganho de mais de 100%”, explica. Segundo ela, ao selecionar os 10 melhores indivíduos, a produtividade que havia sido de 0,97 toneladas de grãos por hectare plantado no primeiro ano, subiu para 1,91 toneladas por hectare. E isso, Catiele destaca, foi em apenas dois anos. Atualmente a produtividade já está entre 2,5 e 3 toneladas por hectare plantado embora esses novos resultados ainda não tenham sido publicados.

O trabalho de Catiele foi um dos ganhadores do Prêmio Ciência, Tecnologia e Inovação em Biodiesel durante o 5° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel, o principal evento estudantil desse segmento. O evento foi realizado em Salvador (BA) entre os dias 16 e 19 de abril.

“Foi uma satisfação muito grande. Receber esse prêmio é um estímulo para continuar o trabalho”, comemora Catiele. Ela vai prosseguir com suas pesquisas com a planta. Em março, seu doutorado teve início com o estudo da herança genética do pinhão-manso e suas variedades não tóxicas. “Aqui no Amazonas o biocombustível é um tema muito importante porque temos muitas comunidades isoladas que dependem de termoelétricas para terem acesso à eletricidade”, arremata.
 
Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com