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Canola

Que tal plantar canola?


Revista Amanhã - 28 fev 2012 - 10:21 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53

Reconhecido pela peso na produção agrícola, o Rio Grande do Sul parece adormecido na busca por alternativas de lavouras de entressafra. Pensando nisso, a BSBios tenta reforçar a ideia de culturas alternativas – mais precisamente, a da canola, que serve como matéria-prima para a produção de biodiesel.

bsbios-350Segundo Fábio Júnior Benin, coordenador do departamento de fomento da unidade de Passo Fundo, dos 5 milhões de hectares destinados para a produção agrícola, somente 1,5 milhão é ocupado com trigo e demais culturas de inverno. “Resta uma área significativa para o incremento da produção de canola. A atividade leiteira também é importante, mas não ocupa toda essa área. Com certeza, temos mais de 1 milhão de hectares para produzir”, afirma. Ele explica que o problema também pode ser verificado em Santa Catarina e Paraná, onde a BSBios também atua.

A fim de convencer os produtores a cultivar a canola, a BSBios mudou o foco de sua participação na Expodireto – feira agrícola que acontece anualmente na cidade de Não-Me-Toque (RS). “Sempre tratávamos exclusivamente do setor primário. Este ano, vamos apresentar o setor como um todo e falar de todas as etapas e apontamentos tecnológicos da produção da canola”, detalha Benin.

Ele reforça a ideia de que todas as pessoas são impactadas direta ou indiretamente pela produção do biodiesel. Além disso, explica que todos que consomem óleo diesel fóssil também acabam consumindo o biodiesel – que corresponde a 5% da composição do combustível vendido nas bombas.

A  BSBios pretende mostrar aos produtores que o plantio da canola é financeiramente seguro. “Muitas vezes, o produtor não vai por esse caminho porque não sabe se terá para quem vender. Nós fornecemos assistência técnica e garantimos a compra”, assegura Benin.

Benin considera frágil o estágio atual do mercado de biodiesel. “[O mercado] está calcado nos óleos de soja e isso preocupa a indústria de biodiesel. Não podemos depender 80% de uma cultura. Quando temos uma estiagem, como agora, o volume de grãos é reduzido e pode acabar comprometendo todo o mercado. A canola não vem para roubar espaço da soja como matéria-prima, nem do trigo como cultivo”, argumenta.

Pedro Pereira