Parlamento da UE aprova adiar implementação da lei de desmatamento
O Parlamento Europeu votou nesta quarta-feira (26) a favor do adiamento, em um ano, da implementação da lei de desmatamento da União Europeia.
Com isso, as empresas terão mais um ano para cumprir as novas regras da UE destinadas a combater o desmatamento, disse o Parlamento Europeu em um comunicado.
Os grandes operadores e comerciantes devem cumprir as obrigações do regulamento a partir de 30 de dezembro de 2026, e as micro e pequenas empresas, a partir de 30 de junho de 2027.
A punição de importações de cacau, óleo de palma e outras commodities ligadas à destruição de florestas é um pilar fundamental da agenda verde da UE.
A política tem como objetivo acabar com os 10% do desmatamento global impulsionado pelo consumo da UE de soja, carne bovina, óleo de palma e outros produtos importados. No entanto, enfrentam resistência de alguns setores e países que afirmam que as medidas são caras e logisticamente desafiadoras.
Os críticos já foram alertados sobre os retrocessos ambientais.
Grandes empresas do setor alimentício, como Nestlé, Ferrero e Olam Agri apoiam a lei. Eles alertaram, no mês passado, que o adiamento coloca em risco as florestas em todo o mundo e é contrário ao objetivo da UE de simplificar as regras comerciais.
O grupo de defesa Business For Nature chamou o atraso de "um profundo fracasso de coragem política".
