Congresso da RBTB teve 615 trabalhos técnicos-científicos inscritos
Passados quase três anos desde sua edição mais recente – acontecida em Natal (RN) em novembro de 2016 –, a Rede Brasileira de Tecnologia e Inovação do Biodiesel (RBTB) está prestes a realizar um novo encontro. Considerado o principal evento ligado à pesquisa do setor de biodiesel no Brasil, o VII Congresso da Rede está marcado para acontecer entre os dias 04 e 07 de novembro em Florianópolis (SC).
Não é propriamente uma retomada como explicam o pesquisador da Embrapa Agroenergia, Bruno Laviola – que presidente esta edição –, e o coordenador da RBTB no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Rafael Silva Menezes. “A continuidade do evento sempre esteve em pauta”, disseram por e-mail à reportagem de BiodieselBR.com acrescentando que o congresso começou a ser organizado em 2017. O hiato, segundo ambos, foi proposital. Em parte, porque os membros da RBTB entenderam que, mais tempo entre um encontro e outro, contribuiria para aumentar a qualidade. “Com a maior periodicidade entre os eventos, buscou-se valorizar a novidade e a inovação no setor”, explicam.
Os primeiros números mostram que pelo menos no quesito quantidade a espera funcionou: 615 trabalhos técnicos-científicos foram inscritos e estão sendo avaliados pela comissão científica. “Foi um número surpreendente (...) e um indicador importante de que a RBTB permanece ativa e produzindo resultados apesar das dificuldades que o país enfrenta”, animam-se os organizadores. Desde a primeira edição do congresso, mais de 3.500 trabalhos científicos receberam destaque.
Construção de pontes
O evento da RBTB busca alargar a notoriamente complicada ponte entre a academia e o setor produtivo. Por isso o tema da edição será “Empreendedorismo e Inovação”. “Somente por meio da inovação será possível fazer com que o setor do biodiesel continue avançando”, resumem os organizadores acrescentando que o evento deste ano aumentará a ênfase na promoção da interlocução entre governo, academia e setor produtivo.
“[Embora] seja um congresso técnico-científico sem fins lucrativos, sempre envolveu o debate de assuntos relevantes para toda a cadeia [do biodiesel] e sempre teve a participação do governo e do setor produtivo”, explicam Bruno e Rafael. “Acreditamos que somente convergindo estes três elos, será possível avançar a passos largos com o programa de biodiesel no Brasil”, completam.
Por esse motivo, além da programação científica – com apresentação dos resultados de pesquisas – a organização busca abrir novos espaços que permitam uma interação mais próxima entre mercado e pesquisadores. Estão planejadas rodadas de negócios e um grand prix – um tipo de gincana científica na qual grupos de pesquisadores competirão entre si para buscar soluções inovadoras para desafios propostos.
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com