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Conferência BiodieselBR 2021

[CBBR 2021] Vai passar


BiodieselBR.com - 17 nov 2021 - 16:53

A edição 2021 da Conferência BiodieselBR foi marcada por um misto de felicidade e preocupação. A felicidade ficou por conta do retorno ao mundo presencial depois de mais de um ano de distanciamento social e restrições causadas pela pandemia do novo coronavírus. Embora a edição passada tenha inovado com uma programação semipresencial; mesmo assim, ficou faltando o público. Já a preocupação ficou por conta das nuvens de tempestade que vêm se acumulando no horizonte do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) ao longo dos últimos meses.

Contrariando o que diz o ditado, depois de ter enfrentado a tempestade de 2020, o setor de biodiesel não viu nenhuma bonança em 2021. Apesar do ano ter começado com ventos favoráveis pela chegada do B13 no mês de março, as coisas rapidamente começaram a desandar. Primeiro tivemos a redução da mistura que, passados quatro bimestres, não voltou ao percentual normal.

Na sequência, diversas entidades setoriais publicaram um posicionamento conjunto no qual pintam o biodiesel como o vilão por trás de uma série de problemas de qualidade detectados no óleo diesel B.

{viewonly=registered,special}A edição 2021 da Conferência BiodieselBR foi marcada por um misto de felicidade e preocupação. A felicidade ficou por conta do retorno ao mundo presencial depois de mais de um ano de distanciamento social e restrições causadas pela pandemia do novo coronavírus. Embora a edição passada tenha inovado com uma programação semipresencial; mesmo assim, ficou faltando o público. Já a preocupação ficou por conta das nuvens de tempestade que vêm se acumulando no horizonte do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) ao longo dos últimos meses.

Contrariando o que diz o ditado, depois de ter enfrentado a tempestade de 2020, o setor de biodiesel não viu nenhuma bonança em 2021. Apesar do ano ter começado com ventos favoráveis pela chegada do B13 no mês de março, as coisas rapidamente começaram a desandar. Primeiro tivemos a redução da mistura que, passados quatro bimestres, não voltou ao percentual normal.

Na sequência, diversas entidades setoriais publicaram um posicionamento conjunto no qual pintam o biodiesel como o vilão por trás de uma série de problemas de qualidade detectados no óleo diesel B.

Por fim, o governo federal parece obstinado em promover a mudança do modelo de comercialização do biodiesel na virada do ano; mesmo que isso contrarie fabricantes, distribuidores e os governos estaduais.

Ambiguidade

Essa ambiguidade não passou despercebida na fala de abertura do diretor de redação de BiodieselBR.com, Miguel Angelo Vedana. Por um lado, a Conferência BiodieselBR registrou seu maior público na história com 350 pessoas – 200 de forma presencial e 150 pela internet – e cerca de 97% da capacidade de produção presente no evento o que indica que o setor continua atraindo bastante interesse. Por outro, seria difícil de negar o clima de desânimo entre os fabricantes.

“Está todo mundo cansado”, reconheceu Miguel Angelo. “Esse é um setor que está do lado certo da história porque está do lado de quem emite menos carbono e, mesmo assim, está tomando paulada por todos os lados”, diz. “Hoje o setor está em sua pior fase e não posso dizer que isso vai melhorar rapidamente”, reconheceu.

Apesar disso, o tempo está do lado do biodiesel. A descarbonização é um caminho sem volta e, cedo ou trade, setores que hoje se mostram refratários à novos aumentos de mistura precisarão se render para poderem emitir menos carbono. “Vai passar! O mundo vai ter que usar mais biodiesel e não menos”, completou.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com