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Veto à Vanguarda derruba ação da Brasil Ecodiesel


Valor Econômico - 13 mai 2011 - 06:03 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:16

O anúncio de que o conselho de administração da Brasil Ecodiesel rejeitou a proposta para incorporar a produtora de soja Vanguarda derrubou as ações da companhia na bolsa e levou a cotação ao menor patamar desde agosto de 2009.

Ontem, a Brasil Ecodiesel encerrou o pregão cotada a R$ 0,77, com queda de 1,28%. Na mínima do dia, o papel chegou a ser negociado a R$ 0,74, caindo 5,12%. O menor preço anterior ao de ontem foi de R$ 0,73, registrado em 4 de agosto de 2009. Comparando com o preço de lançamento na abertura de capital, em 22 de novembro de 2006, a ação cai 91,15%. O papel foi lançado a R$ 8,71 (a cotação considera os preços ajustados pelos proventos, como bonificações). Sem os ajustes, o preço da ação no lançamento foi de R$ 12.

Conforme o Valor antecipou ontem, o conselho de administração da Brasil Ecodiesel decidiu vetar a proposta de incorporação da Vanguarda ao negar a criação de um comitê independente para avaliar a transação. A fusão criaria a maior empresa de agronegócios do país com ações em bolsa e faturamento de R$ 1,6 bilhão projetado para 2011.

No fato relevante encaminhado à CVM, a empresa não explica os motivos do conselho. "Nossa perspectiva positiva para as ações da companhia estava baseada na incorporação da Vanguarda. Devido à incerteza do negócio, recomendamos a venda das ações", afirma em relatório o analista Henrique Ribas, da corretora Planner. Para o executivo José Carlos Aguilera, presidente da Brasil Ecodiesel, é difícil entender a forte oscilação. "É prematuro precificar as ações porque ainda não tínhamos feito uma avaliação da operação Vanguarda", diz ele.

O giro da Brasil Ecodiesel ontem foi de R$ 29,6 milhões, segundo maior do ano, ficando atrás do movimento de 11 de abril, de R$ 32,7 milhões (uma semana antes do anúncio da proposta de incorporação da Vanguarda). O giro é parecido ao registrado em 23 de dezembro de 2010, de R$ 26,7 milhões, quando a Maeda foi incorporada pela Brasil Ecodiesel.

Denise Carvalho