Petrobras Biocombustível nega venda abaixo do preço de custo em leilão
O presidente da Petrobras Biocombustível, Alan Kardec, rechaçou a ideia de que a Petrobras vendeu biodiesel abaixo do preço de custo no último leilão do produto, realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na sexta-feira passada. No total, as três unidades da subsidiária da Petrobras que venderam a produção no leilão - Quixadá (CE), Montes Claros (MG) e Candeias (BA) - comercializaram 33,84 milhões de litros do produto.
De acordo com Kardec, o piso para venda é o custo variável das unidades, que não leva em consideração os custos com mão-de-obra. Segundo ele, na primeira rodada do leilão foram vendidos 252 milhões de litros, para uma oferta 100% maior que a demanda. Nesta rodada, a Petrobras não conseguiu colocar nenhum volume da produção das três unidades.
"Temos que operar as nossas unidades a plena capacidade para podermos realizar os testes necessários. Chegamos à segunda rodada do leilão com a obrigação de vender tudo", ressaltou Kardec.
Confira aqui mais detalhes da explicação do preço de R$1,70 com o áudio completo da resposta do presidente Alan Kardec
No segundo lote, que comercializa apenas 20% do total vendido no primeiro lote, foram demandados 63 milhões de litros, para uma oferta superior a esse volume. Foi nessa rodada que as unidades da Petrobras conseguiram vender sua produção.
"Tínhamos que vender tudo, mas não vendemos nenhum volume abaixo dos custos ou do preço da matéria-prima", assegurou Kardec.
No total, o leilão da ANP comercializou 315 milhões de litros de biodiesel, para 26 unidades compradoras. O preço médio foi de R$ 2,15 por litro, com um deságio de 8,72% para o preço de referência de R$ 2,36.
Rafael Rosas