Marubeni evapora seus biocombustíveis
Os planos da Marubeni para a produção de biocombustível no Brasil viraram vapor. Na semana passada, a trading japonesa desistiu em cima da hora da compra da usina de álcool e açúcar Rio Vermelho, localizada em Junqueirópolis (SP). A Trevisan já havia concluído o laudo de avaliação e o estudo de viabilidade técnica e o contrato seria assinado até o fim deste mês. A Marubeni jogou a culpa nas costas da Agrenco, que seria sua sócia na aquisição da usina. Em processo de recuperação judicial, a companhia brasileira teria roído a corda. Sem recursos,queria entrar no negócio apenas com tecnologia, proposta não aceita pelos japoneses. O rompimento da parceria com a Agrenco praticamente joga uma pá de cal no projeto da Marubeni, que já tem a construção de três usinas de biodiesel no país.
A trading nipônica não vai bancar os investimentos sozinha e as recentes sondagens para a busca de um sócio fracassaram.
A suspensão da compra da Rio Vermelho e da construção das usinas de biodiesel terá um efeito cascata nos planos da Marubeni para o Brasil. Estes movimentos eram a base de um projeto de verticalização na área de energia. Os investimentos do grupo japonês previam a construção de um alcoolduto e de terminais marítimos e a criação de uma comercializadora de etanol e biodiesel.