Resíduo da produção de biodiesel poderá ser aproveitada na impressão 3D
O principal coproduto da indústria de biodiesel – a glicerina – agora tem o seu próprio coproduto. Um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, demonstrou que um dos resíduos gerados durante o processo de conversão da glicerina bruta em glicerina destilada tem potencial para ser aproveitado na fabricação dos filamentos usados na impressão 3D.
O grupo liderado pelo dr. Jagannadh Satyavolu, professor do curso de engenharia química da universidade e pesquisador do Centro Conn para Pesquisa em Energias Renováveis, desenvolveu um processo que permite o aproveitamento da matéria orgânica não glicerinada (MONG) para a produção de polímeros adequados à fabricação 3D.
Esse material representa entre 20% e 25% da massa da glicerina bruta. Numa conta grosseira, esse percentual aponta que são gerados de 20 a 25 quilos de MONG para cada tonelada de biodiesel fabricado. Hoje em dia, esse resíduo é descartado gerando perdas econômicas e impactos ambientais.
Os pesquisadores trataram o MONG obtido da destilação de glicerina gerada como coproduto do biodiesel de soja com uma mistura de ácidos e peróxidos. O processo teve sucesso em estabilizar o material tornando-o adequado para substituir a parcela sintética dos polímeros que hoje são usados na fabricação dos filamentos usados nas impressoras 3D.
Os resultados foram divulgados no Jornal de Biorrecursos e Bioprodutos e podem ser consultados clicando aqui.
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
