Calor extremo e seca afetam a soja no RS

Produtores gaúchos esperam perdas significativas com as altas temperaturas e o clima seco no Estado. As lavouras de soja precoce são as que mais têm sofrido e as estimativas, que hoje estão em torno de 70% de danos, podem chegar a perda total caso a estiagem se prolongue.

Leonardo Soprano, de São Sepé, planta 900 hectares e calcula quebra de 50% a 70%, mas com perspectiva de piora. “A última chuva boa foi dia 13 de dezembro. É só poeira, muita secura e calorão. A lavoura morre dia após dia.” Augusto Campos, de Jari, relata a tentativa de colher a soja realizada ontem, com produtividade de só quatro sacas por hectare. “Não sei nem se vamos colher”, afirma o produtor.

Quaraí, na divisa com o Uruguai, marcou 43,8ºC na terça-feira, temperatura mais alta no Estado em 115 anos.