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Biodiesel

Produção de combustível no semi-árido


Correio de Sergipe - 18 nov 2007 - 16:36 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

O engenheiro e físico baiano José Walter Bautista Vidal - idealizador e um dos principais responsáveis pela implantação do programa Pró-Álcool, na década de 1970; atualmente, é figura indispensável quando o assunto é a produção de energia alternativa - esteve em Aracaju no último dia 13 para prestigiar o lançamento do livro "As potencialidade do Semi-Árido Brasileiro", de Manoel Bomfim Ribeiro. Em entrevista especial ao Correio de Sergipe, Bautista Vidal releva que é possível a produção de combustível a base de plantas oleaginosas na região do Semi-Árido.

O incentivo a produção de energias alternativas aumenta à medida que a escassez do petróleo e de outros combustíveis fósseis se acentua. Para alguns especialistas, somente existirá petróleo nos próximos 40 anos, no máximo. "No Semi-Árido, apesar dos problemas econômicos da região, há um potencial incrível para a produção de mamona, amendoim, moringa, dendê, girassol, coco, algodão e outras plantas oleaginosas de altíssima produtividade, todas são base para a produção do biodiesel. Além de a produção fomentar o desenvolvimento da agricultura familiar", revela Bautista Vidal.

De acordo com o clima, as condições de solo e dos tipos de plantas oleaginosas encontradas em Sergipe, é possível que o Estado produza óleos vegetais com base na produção agrícola de pinhão-manso e girassol. "Para se ter uma idéia da importância disso no cenário mundial, apenas com o óleo de dendê, pode-se produzir óleo diesel em uma quantidade de oito milhões de barris por dia. Oito milhões de barris de petróleo é a produção atual da Arábia Saudita, atualmente a maior reserva de mundo. Mas o petróleo está condenado a acabar, e aqui no Brasil, com o aumento da atividade agrícola a nossa produção também aumenta. Nota-se assim, que a situação do nosso país no mundo é peculiar", explica.