Programa destaca uso da canola no biodiesel
Esta semana o Dia de Campo na TV apresenta o tema Potencialidades da canola na produção de biodiesel. O programa será exibido hoje, 12 de setembro, pelo Canal Rural (NET/SKY e internet) a partir das 9h, com reapresentação no dia 14, às 8h pela Canal NBR (TV do Governo Federal, captada por cabo, parabólica e internet). A produção é da Embrapa Informação Tecnológica (Brasília – DF), em parceria com a Embrapa Trigo (Passo Fundo - RS), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A canola é uma oleaginosa de inverno, desenvolvida por melhoramento genético convencional de colza. Apesar dos inúmeros aspectos positivos no consumo da canola na alimentação, um novo cenário começa a abrir mercado para a cultura: o biodiesel. Os grãos de canola produzidos no Brasil possuem 38% de óleo, aproximadamente o dobro dos 18% da soja. A transformação da canola em biocombustível permite aproveitar os grãos que sofreram excesso de chuva na colheita, seca, ou outros fatores que comprometem a qualidade para comercialização.
Na Embrapa Trigo as pesquisas e experiências com a produção e uso de óleo de colza como combustível, iniciadas nos anos 1980, foram interrompidas na década de 1990 após o abrandamento da crise do petróleo e conseqüente alteração de prioridades governamentais. No final dos anos 1990, retomou-se a pesquisa com essa cultura, exclusivamente com o padrão canola. Atualmente, com a demanda pelos biocombustíveis, essa cultura conta com um novo incentivo de produção. O óleo de canola é o mais utilizado na Europa para produção de biodiesel e constitui padrão de referência naquele mercado.
O cultivo de canola possui grande valor sócio-econômico por possibilitar a produção de óleos vegetais no inverno, vindo se somar à produção de soja no verão, e assim, contribuir para otimizar os meios de produção (terra, equipamentos e pessoas) disponíveis. A grande disponibilidade de áreas adequadas ao cultivo de canola no Rio Grande do Sul, é ilustrada pelo fato de que o Estado cultiva atualmente área bem inferior aos 2 milhões de hectares de trigo que já cultivou no passado. Portanto, a produção de canola nestas áreas poderá permitir a expansão da produção de óleo para utilização como biodiesel, além de expandir o emprego desse óleo para consumo humano e contribuir decisivamente para tornar o Brasil em um importante exportador desse produto.
A canola é a terceira maior commoditie mundial, respondendo por 16% da produção de óleos vegetais, logo atrás da soja (33%) e da Palma (34%), além do óleo de canola ser também o terceiro mais consumido. Os principais produtores são China, Índia, Canadá e Austrália, onde a oleaginosa é cultivada em altas latitudes. A introdução da canola em baixas latitudes é uma experiência pioneira no mundo, realizada em colaboração com empresas interessadas em canola, que está promovendo o cultivo na região Centro-Oeste, a partir de genótipos menos sensíveis a fotoperíodo, uma tropicalização da cultura. Experimentos bem sucedidos têm sido realizados em Goiás e Minas Gerais, apontando a canola como um grande potencial na expansão do agronegócio do Cerrado, como cultivo de safrinha.
O Dia de Campo na TV é interativo. As dúvidas do público sobre a tecnologia apresentada são respondidas, ao vivo, por especialistas. Os telespectadores podem fazer perguntas, durante o programa, pelo telefone 0800 648 1140 (ligação gratuita de telefone fixo) ou pelo endereço eletrônico diacampo@sct.embrapa.br.
Como sintonizar o programa
Antena parabólica doméstica (Banda L, Freqüência 1220 Mhz); Recepção multiaberta (Banda C, Transponder 6A2, Polarização Horizontal, Freqüência 3930 Mhz). Pelo Canal Rural, NET, SKY, internet e parabólica (Transponder 12A2, Polarização Horizontal, Freqüência 4171 Mhz).
Para aqueles que não puderem assistir ao programa, a Embrapa Informação Tecnológica disponibiliza cópias em DVD ou VHS que podem ser adquiridas pelos telefones: (61) 3340-9999 ou (61) 3448-4236, ou pela Livraria Virtual da Embrapa.
Paulo Kurtz