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Biodiesel

Para ANP, aumento no preço do diesel ainda é reflexo do reajuste de maio


Agência Brasil - 17 jul 2008 - 05:54 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

O aumento da quantidade de biodiesel adicionada à mistura vendida nos postos não é a única explicação para a subida no preço do combustível registrada nas últimas semanas. Para o superintendente de abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Edson Silva, isso ainda é reflexo do reajuste do produto em 15% nas refinarias, determinado pelo governo em maio deste ano.

Desde o dia 1º de julho, o diesel vendido nos postos de combustíveis deve ter 3% de biodiesel na mistura. Antes, o percentual era de 2%. O levantamento de preços realizado semanalmente pela ANP mostrou que o litro de diesel, que custava em média R$ 2,05 na última semana de junho, chegou a R$ 2,09 na semana passada, depois que o aumento do percentual entrou em vigor.

Silva reconhece, no entanto, que o custo da produção de biodiesel ainda tem impacto no preço final do combustível vendido aos consumidores. “Acredito que com o desenvolvimento da tecnologia e de outras fontes de matéria-prima para a produção de biodiesel, chegaremos a um custo menor e, conseqüentemente, deixando de impactar no preço final para o consumidor”, avalia.

De acordo com a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis Lubrificantes (Fecombustíveis), enquanto o óleo diesel custa R$ 1,51 para as distribuidoras, o biodiesel está na faixa de R$ 3,20.

O superintendente garante que o abastecimento de biodiesel está regular, mesmo com a entrada em vigor do aumento do percentual. Segundo ele, a ANP está buscando o aperfeiçoamento das técnicas para fiscalizar a adição de biodiesel na mistura. Hoje, esse controle é feito por meio de um produto químico adicionado ao biodiesel. Além disso, as distribuidoras só podem comprar o diesel nas refinarias se comprovarem a aquisição de biodiesel nas usinas.

Silva considera que quanto maior o percentual de biodiesel na mistura, maiores serão os ganhos do país. “O Brasil ainda é um país importador de diesel, não produzimos ainda todo o volume para o nosso consumo. À medida em que o consumo de diesel de origem vegetal aumenta, ainda que em proporções pequenas, significa dizer que diminuímos a importação de diesel mineral”, avalia, lembrando também que o biodiesel polui menos o meio ambiente, além de gerar empregos com o funcionamento das usinas produtoras de biodiesel.

Sabrina Craide, da Agência Brasil