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Biodiesel

Nanopartículas melhoram desempenho e reduzem emissões do biodiesel


BiodieselBR.com - 11 abr 2011 - 06:12 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:16

Um estudo divulgado pelo Journal of Renewable and Sustainable Energy mostra que a adição de nanopartículas de óxido de alumínio melhora o desempenho e a queima do biodiesel, reduzindo as emissões nocivas. Segundo o professor R. B. Anand, do Instituto Nacional de Tecnologia da Índia, na cidade de Tiruchirappalli, isso se deve à alta relação volume/superfície dessas partículas. Com diâmetro médio de 51 bilionésimos de metro, elas melhoram a combustão de duas formas: com mais superfícies reativas, são catalisadores mais eficientes, ao mesmo tempo em que aumentam a mistura entre ar e combustível, garantindo uma queima mais completa.

Anand e o co-autor da pesquisa, J. Sadhik Basha, compararam o biodiesel de pinhão-manso puro com emulsões à base do mesmo combustível e 15% de água, com e sem a adição das nanopartículas, nas proporções de 25, 50 e 100 partes por milhão. Além de melhorar a performance do biodiesel, o combustível com micropartículas produziu quantidades  significativamente menores de óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono e criou menos fumaça.

O estudo concluiu que as emulsões de biodiesel com ou sem nanopartículas são estáveis por mais de cinco dias sob condições de repouso. A adição de nanopartículas reduziram a pressão de pico, a taxa de liberação de calor e o atraso de ignição em comparação com a emulsão sem o aditivo. A eficiência térmica da emulsão com 100 ppm de nanopartículas é alta em comparação com os outros combustíveis testados: 29,4%. O biodiesel de pinhão-manso puro apresentou uma taxa de 24,9%.

As emissões de óxidos de nitrogênio do combustível com maior teor de partículas não passam de 870 partes por milhão, contra 1.282 ppm do biodiesel sem misturas. Já a emissão de fumaça da emulsão com 100 ppm de nanoaditivo ficou em 49%, bem abaixo dos 67% do biocombustível puro.

Os pesquisadores agora testam outros tipos de nanopartículas, incluindo nanotubos ocos de carbono, e investigam os efeitos de nanoaditivos para lubrificação de motores e sistemas de refrigeração. Um obstáculo à aplicação desse tipo de nanotecnologia é o alto custo de produção das partículas. Anand adverte ainda que as nanopartículas devem ser usadas com cautela, porque tendem a penetrar no organismo humano.

Veja o artigo na íntegra aqui.

Ari Silveira - BiodieselBR.com