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Biodiesel

Grupo norte-americano compra indústria goiana


Diário da Manhã - GO - 22 out 2008 - 07:19 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:07

O grupo norte-americano Verde Bio Fuels Inc adquiriu a Bionorte Indústria e Comércio de Biodiesel Ltda, instalada em São Miguel do Araguaia. A companhia pretende aportar mais de R$ 100 milhões para dar início ao processo de fabricação de biodiesel da Bionorte a partir de soja, algodão e sebo de boi, além de etanol. A capacidade inicial de produção da fábrica é de 30 milhões de litros por ano.

O secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento, Oton Nascimento Júnior, explica que o grupo, cuja holding no Brasil (Verde Brasil) está em processo de formação, manifestou interesse em mais investimentos na região e em Mato Grosso. "Solicitaram equipes técnicas para viabilizar produção de etanol e alimentos."

Segundo Oton, a aquisição faz parte do processo de globalização do Estado, cujo salto será ainda maior com a Ferrovia Norte-Sul e o alcoolduto em operação. "Os americanos estão felizes de chegar neste momento em Goiás, pois vão precisar de frete barato daqui a dois anos. E teremos condições de oferecer logística competitiva."

Para o prefeito de São Miguel do Araguaia, Ademir Cardoso, o projeto da Bionorte representa o início da industrialização do município. Será a segunda planta industrial a entrar em funcionamento, depois do Frigorífico São Miguel do Araguaia.

Empregos
A entrada em operação da fábrica deve criar cerca de 60 empregos para trabalhadores de alta especialização, como engenheiros e técnicos. Diretor Industrial e de Operações da Bionorte, Flávio Nascimento diz que parte da produção de biocombustível será vendida para a Petrobras. Em segundo momento, a outra parte será destinada ao mercado global.

Comunicado foi feito durante reunião ontem com os empresários norte-americanos Sam Bel, da Verde Bio Fuels Inc, e Coyt M. Karrinker, da Bio-System Internactional. Presentes o secretário estadual da Indústria e Comércio, Luiz Medeiros, diretores da XES, empresa de Bauru (SP) que pertence à holding, e Wagner Calicchio de Campos, ex-proprietário da Bionorte, agora sócio minoritário dos norte-americanos. Além do empreendimento no interior paulista, o grupo tem empresa na Índia, a Chena. A intenção é integrar os negócios de bioenergia do Brasil, Índia e Estados Unidos.

De acordo com Sam Bell, a crise financeira internacional não afeta os planos da holding. A Bionorte está pronta para operar. De início serão usados como matéria-prima óleo de algodão e sebo bovino.

Marcelle Alves