PUBLICIDADE
CREMER2024 CREMER2024
Biodiesel

Primeiro dia de leilão atingiu os objetivos da ANP


BiodieselBR.com - 10 abr 2008 - 19:36 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) promoveu hoje na Confederação Nacional do Comércio, o 8º leilão de biodiesel. Nesse primeiro de dois pregões consecutivos, a ANP adquiriu 264 milhões de litros de biodiesel, por um custo total de R$ 710 milhões. O objetivo dos leilões é comprar 330 milhões de litros, para assegurar o abastecimento de B3 no início do segundo semestre de 2008. Os outros 66 milhões de litros serão adquiridos no pregão de amanhã, dia 11, aberto também a empresas sem selo social.

O preço de referência para os lances foi de R$ 2,80 por litro, superior ao de R$ 2,40 estabelecido nos últimos leilões de 2007. Mesmo com uma referência maior o deságio foi menor, apenas 4%, um avanço considerável se comparado com o dos últimos dois leilões, em que atingira 22,2%. O preço médio de hoje ficou em R$ 2,691 por litro.

A Barralcool, de Mato Grosso (MT), e a Oleoplan (RS) conseguiram o menor deságio do leilão, vendendo seu biodiesel por R$ 2,765 o litro. O segundo menor deságio foi obtido pela Biocamp (MT), R$ 2,763 o litro.

A Agrenco (MT) foi a empresa que ofereceu os menores preços. O valor dos três lotes vendidos pela empresa ficou muito abaixo de qualquer outro oferecido no leilão. Os valores por litro oferecidos pela empresa foram R$ 2,38 (lote de 6 milhões de litros), R$ 2,46 (lote de 23,6 milhões de litros) e R$ 2,49 (lote de 10 milhões de litros). O quarto menor preço, R$ 2,635 foi ofertado pela ADM, também de Mato Grosso em um lote de 16,95 milhões de litros.

Todas as empresas qualificadas entregaram suas documentações na última etapa deste leilão. A homologação final deve sair em 15 dias.

O Superintendente de Abastecimento da ANP, Edson Silva, e o Diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, abriram o primeiro dia dos leilões. Segundo Silva, o edital dos leilões, em comparação com os anteriores, sofreu algumas alterações significativas, com os objetivos de “ampliar o número de empresas participantes e proporcionar condições para que vendessem com o menor deságio possível, para estimular a produção de biodiesel no Brasil”. Entre as mudanças, citou que, pela primeira vez os leilões foram presenciais, já que antes aconteciam via internet. Outra modificação importante foi a limitação a no máximo três lances por participante. Além disso, o prazo mínimo para a entrega do biodiesel adquirido foi reduzido pela metade, de seis para três meses, o que diminui a vulnerabilidade dos produtores em relação às oscilações dos mercados de commodities. Para Sergio Beltrão, Diretor Executivo da União Brasileira do Biodiesel, “se não houver nenhum sobressalto no mercado de commodities, as empresas tendem a trabalhar com uma margem de lucro razoável”.

Carlyle Junior e Bernardo Mariani
BiodieselBR.com