Petróleo tipo Brent, referência da Petrobras, despenca quase 10% em maio
Os contratos futuros do petróleo encerraram o dia em queda firme, acumulando, também, recuo de mais de 9% no mês de maio. As perdas foram intensificadas após dados mostrarem que a atividade na China foi mais fraca, o mesmo nos Estados Unidos, onde, também, os agentes aguardam a votação da suspensão do teto da dívida pública.
O barril do petróleo do Brent – referência global e da Petrobras – para agosto caiu 1,52%, a US$ 72,60, e o WTI, a referência dos Estados Unidos, com entrega prevista para julho, recuou 1,97%, a US$ 68,09.
No mês, o preço do Brent caiu 9,23%, e do WTI recuou 11,19%.
"Os contratos futuros de petróleo estão aumentando as perdas de ontem, depois que os últimos dados de manufatura da China divulgados foram mais fracos do que o esperado", disse Victoria Dircksen, da Schneider Electric, em nota.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China voltou a cair em maio, para 48,8 pontos, enquanto o PMI não-manufatureiro recuou a 54,5 pontos.
Já nos EUA, o PMI medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) de Chicago teve forte baixa a 40,4 pontos neste mês, bem aquém do resultado esperado de 47,0 pontos.
"Além disso, o acordo de limite de dívida continua sendo um fator de risco significativo no curto prazo", completa Dircksen.
O mercado agora foca nos relatórios semanais de estoque de petróleo dos EUA, além de mais dados do ISM dos EUA que saem amanhã de manhã, onde uma sétima contração mensal consecutiva é esperada.
Igor Sodré – Valor Econômico
