Petróleo tem forte alta após Opep+ adiar início do aumento na produção
Os contratos futuros de petróleo operam em forte alta na manhã desta segunda-feira, depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidir, no fim de semana, adiar o aumento na produção de óleo.
Segundo a agência de notícias Dow Jones Newswires, o grupo sinalizou cautela em meio a preocupações crescentes sobre a demanda global mais fraca e preços mais baixos e, assim, optou por adiar o início da retomada na produção da commodity.
Por volta de 7h, na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para entrega em janeiro operava em alta de 2,63%, a US$ 75,02. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro subia 2,89%, a US$ 71,50 por barril.
No fim de semana, a Opep+, grupo comandado pela Arábia Saudita e pela Rússia, estendeu os cortes voluntários na produção de petróleo de 2,2 milhões de barris por dia até o fim de dezembro. O aumento planejado na produção, originalmente definido para começar gradualmente em outubro e durar até setembro de 2025, já havia sido adiado por dois meses em setembro.
A perspectiva de barris extras chegando ao mercado de petróleo alimentou as preocupações de participantes do mercado sobre um excedente de oferta no próximo ano em meio à demanda mais fraca da China, maior importador de petróleo do mundo. “Vemos a Opep mantendo sua abordagem ‘cautelosa, proativa e preventiva’, sem desejo de inundar o mercado”, diz Giovanni Staunovo, analista do UBS.
Fundamentos mais fracos e uma redução no prêmio de risco geopolítico pressionaram os preços, com os principais bancos de Wall Street mais pessimistas em relação às perspectivas para os preços do petróleo para este ano e para 2025.
No entanto, o aumento das tensões no Oriente Médio, com os participantes do mercado agora aguardando uma resposta do Irã aos ataques recentes de Israel, deve manter os preços voláteis, enquanto a eleição presidencial americana adiciona incerteza aos mercados globais.