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Negócio

Petróleo sobe com expectativa de demanda da China e novas sanções à Rússia


Fábio Rodrigues - 23 jan 2023 - 11:25

O petróleo avança nesta segunda-feira (23) com as expectativas de aumento da demanda após a reabertura da China, enquanto o dólar recua e os riscos para o fornecimento de energia da Rússia ficam mais claros com novas restrições se aproximando.

Os contratos futuros do tipo West Texas Intermediate (WTI) subiram para US$ 82 o barril após um ganho semanal consecutivo que levou o índice de referência dos Estados Unidos ao fechamento mais alto desde meados de novembro.

Enquanto uma moeda americana mais fraca apoia os preços nesta segunda, os volumes de negociação no horário asiático foram contidos, com os feriados nacionais para marcar o Ano Novo Lunar afetando os principais mercados, incluindo China e Cingapura.

O petróleo se livrou de um início de ano fraco, com melhoras das perspectivas da China. As expectativas de que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, esteja perto de encerrar sua série de aumentos agressivos de juros também impulsionam os preços.

Outras restrições aos fluxos de energia russos devem começar no início do próximo mês, à medida que a guerra na Ucrânia avança.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, expressou confiança no fim de semana de que as restrições às vendas de petróleo russo podem ser expandidas para produtos refinados, embora reconheça que a tarefa será mais complicada. Enquanto isso, Moscou deve publicar um decreto detalhando a proibição de empresas russas venderem petróleo a clientes que aderirem a um teto de preço, disse o Kommersant.

– O petróleo tipo WTI para março subia 0,65%, a US$ 82,17 o barril por volta das 8h20 (horário de Brasília);
– O petróleo tipo Brent para março avançava 0,72%, a US$ 88,26 o barril;

Na Europa, o sindicato CGT da França está planejando uma greve esta semana no setor de energia, alimentando ainda mais as preocupações com o abastecimento de combustível.

“Os principais elementos de apoio das greves nas refinarias francesas e a próxima proibição de derivados de petróleo da Rússia estão atuando nos mercados europeus de destilados médios de forma mais decisiva, enquanto um enfraquecimento do dólar pode impulsionar o petróleo a um patamar mais elevado”, disse Harry Altham, analista da corretora StoneX Group.

Asad Zulfiqar – Bloomberg