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Negócio

Petróleo recua com investidores à espera dos dados de estoque nos EUA


Valor Econômico - 10 ago 2022 - 09:50

Os contratos futuros do petróleo fecharam em leve queda nesta terça-feira (9), depois de oscilar entre ganhos e perdas ao longo da sessão. Os investidores aguardam a divulgação de novos dados de estoques nos Estados Unidos, que serão divulgados amanhã e podem dar mais sinais sobre a demanda pela commodity.

O contrato do petróleo Brent, a referência global da commodity, para outubro fechou a sessão em queda de 0,35%, a US$ 96,31 por barril, enquanto o contrato do WTI americano para setembro recuou 0,28%, a US$ 90,50 por barril. O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com o petróleo, recuava 0,05%, a 106,381 pontos.

Os preços do petróleo fecharam com variação pequena hoje, enquanto os investidores aguardam a divulgação dos dados de estoques, antes de fazerem apostas no mercado de energia. A expectativa dos economistas consultados pelo "Wall Street Journal" é de que os estoques de petróleo bruto tenham subido 4,46 milhões de barris na semana passada. Os estoques surpreenderam os investidores com um aumento maior do que o esperado na semana anterior, com a demanda por gasolina caindo 704 mil barris no período.

Os preços do petróleo subiam mais cedo, em meio a temores sobre a oferta de petróleo da Rússia. A Ucrânia está suspendendo a passagem do petróleo russo para o sul da Europa desde o dia 4 de agosto, por conta de complicações com o pagamento de Moscou para Kiev, devido às sanções econômicas que a Rússia está sofrendo. Os russos afirmam que já sanaram o débito com os ucranianos, mas o pagamento não foi completado por conta de restrições da União Europeia (UE).

A Rússia normalmente fornece cerca de 250.000 barris por dia através do trecho sul do oleoduto Druzhba para a Hungria, Eslováquia e República Tcheca.

“Semana a semana, o risco de que os países europeus tenham que fechar grandes partes da indústria no próximo inverno está diminuindo”, afirmou o banco alemão Berenberg. “Embora a Rússia tenha reduzido seus suprimentos através do Nord Stream 1 para apenas 20% da capacidade, a União Europeia está conseguindo estocar o que precisa de gás natural. Nesse caso, a União Europeia – incluindo a Alemanha – provavelmente poderá passar pelo inverno sem ter que racionar severamente o gás, mesmo que a Rússia feche as torneiras completamente durante a estação”, acrescentaram os analistas do banco alemão.

As expectativas de demanda também receberam suporte dos dados divulgados mais cedo pelo British Retail Consortium, que reportou que as vendas no varejo britânico cresceram 2,3% em julho, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

André Mizutani e Daniel Gateno – Valor Econômico