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Negócio

Petróleo fecha julho com ganho mensal de até 16%, o maior em mais de um ano e meio


Valor Econômico - 01 ago 2023 - 09:22

O petróleo encerrou o dia em alta firme, com os contratos do tipo WTI acumulando ganho mensal de 16%, o maior desde janeiro de 2022, em meio às expectativas de que a oferta da commodity diminua globalmente.

O barril do petróleo do Brent – referência global – para outubro subiu 1,21%, a US$ 85,43, acumulando alta mensal de 13,59%, enquanto o WTI, com entrega prevista para setembro, avançou 1,51%, a US$ 81,80.

"Os preços do petróleo estão terminando um mês sólido em alta, já que as perspectivas de demanda permanecem impressionantes e ninguém duvida que a Opep+ manterá este mercado apertado", disse Edward Moya, da Oanda, em nota, citando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados.

O profissional pontua que a maioria dos principais bancos centrais parece estar no final de seus ciclos de aperto monetário. Dessa forma, segundo Moya, "o ás na manga dos investidores de petróleo é que o mercado de energia ainda aguarda um estímulo maciço da China, que deve impulsionar as perspectivas de crescimento global".

Quanto ao estímulo chinês, contudo, os analistas não parecem tão confiantes de que ele de fato virá. “Um grande pacote de estímulo permanece fora de questão, mas é provável que medidas de apoio mais modestas e direcionadas se sigam”, afirma o Julius Baer, em relatório.

O banco lembra que a China implementou pelo menos três rodadas de estímulos maciços desde a crise financeira, todas focadas em infraestrutura e construção imobiliária, as quais causaram efeitos colaterais e desequilíbrios com que a economia chinesa ainda está lidando.

“Os formuladores de políticas estão cada vez mais preocupados com esses desequilíbrios na economia e desenvolveram uma maior tolerância para crescimento. Em vez disso, eles querem se concentrar mais na promoção de desenvolvimento sustentável e de alta qualidade e colocar menos ênfase em metas numéricas de crescimento”, diz o relatório do Julius.

Igor Sodré – Valor Econômico

Tags: Petróleo