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Negócio

Petróleo fecha em queda de mais de 1%, com pressão do dólar forte


Estadão Conteúdo - 19 mai 2023 - 09:55 - Última atualização em: 07 jun 2023 - 11:46

Os contratos futuros de petróleo registraram queda de mais de 1% hoje, ajustando parte das altas de quase 3% da sessão anterior. A força do dólar pressionou os contratos nesta quinta-feira (18) com foco também na perspectiva de mais aperto monetário para conter a inflação, o que pesa na atividade e, por consequência, na demanda pela commodity.

O contrato do WTI para julho, agora o mais líquido, fechou em baixa de 1,30% (US$ 0,95), em 71,94 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 1,43% (US$ 1,10), a US$ 75,86 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Entre dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), James Bullard (St. Louis) e Lorie Logan (Dallas) sinalizaram que podem apoiar alta de juros em junho.

No monitoramento do CME Group, aumentava a chance de aperto, embora manutenção da política monetária seja vista como o desfecho mais provável. Os juros altos contêm a atividade, e o petróleo também foi pressionado hoje pela força do dólar, já que o movimento do câmbio torna o óleo mais caro para os detentores de outras moedas, contendo a demanda.

A Oanda via os contratos do petróleo pressionados diante da força do dólar. Para ela, boas notícias na economia acabavam por ser negativas para a demanda pelo óleo, já que isso significaria aperto monetário mantido por mais tempo para conter a inflação. Por outro lado, a Oanda avalia que, se a economia da China mostrar impulso, isso pode conter a força do dólar.

No setor, o Departamento do Tesouro dos EUA divulgou nota, na qual chama a atenção para matéria do The New York Times segundo a qual o limite de preço ao petróleo da Rússia ajuda o país a receber menos receita, o que prejudica o esforço de guerra russo na Ucrânia.

O Tesouro ainda publicou relatório sobre o tema hoje, no qual afirma que a iniciativa de quase seis meses mostra sucesso em reduzir a receita russa, mas mantendo estáveis os mercados de energia globais.

Gabriel Bueno da Costa – Estadão Conteúdo