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Negócio

Petróleo fecha em forte alta com escalada das tensões no Oriente Médio


Valor Econômico - 09 fev 2024 - 09:47

Os preços do petróleo terminaram a quinta-feira (8) em forte alta, impulsionados pelo acirramento das tensões no Oriente Médio, com Israel voltando a realizar ataques em Gaza e os rebeldes houthis ameaçando bombardear mais navios comerciais no Mar Vermelho. O suporte veio dos dados de estoques dos EUA do Departamento de Energia (DoE) americano divulgados ontem.

O contrato futuro do petróleo Brent, a referência mundial, para abril fechou em alta de 3%, a US$ 81,64 por barril, enquanto o WTI, a referência americana, para março subiu 3,19% a US$ 76,22.

As forças de Israel intensificaram, hoje, os ataques na cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza e na fronteira com o Egito, um dia depois que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou uma proposta de cessar-fogo do Hamas. Pelo menos 11 pessoas morreram, após aviões israelenses bombardearem a cidade, onde mais da metade da população de Gaza está abrigada, informou o “Guardian”.

Além disso, os houthis – financiados pelo Irã — continuam ameaçando atacar mais navios no Mar Vermelho se Israel continuar atacando Gaza, ampliando a possibilidade de uma expansão do conflito para outros países da região. Algumas empresas – como a Maersk, MSC e Frontline, entre muitas – suspenderam suas rotas no Mar Vermelho, encarecendo os fretes e os custos.

Em um ataque de drone, os EUA mataram o comandante de um grupo miliciano patrocinado pelo Irã acusado de ter realizado o ataque na Jordânia que matou três militares americanos. Segundo Robert Yawger, analista da Mizuho, o ataque americano deixa os EUA e Irã mais perto de um confronto que poderia ameaçar as exportações de 1,8 milhão de barris diários de petróleo iraniano.

Ontem, o Departamento de Energia divulgou que os estoques de gasolina e destilados – principalmente diesel – caíram mais de 3 milhões de barris na semana passada. Os estoques de diesel, agora em 127,574 milhões de barris, estão 7% abaixo da média esperada para o período. Já os estoques de gasolina caíram para 250,988 milhões, 1% abaixo da média.

Eduardo Magossi – Valor Econômico