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Negócio

Petróleo fecha em alta moderada com temores sobre oferta compensando expectativa de queda da demanda


Valor Econômico - 20 set 2022 - 08:38

Os contratos futuros do petróleo apagaram a maior parte dos ganhos vistos mais cedo, mas ainda fecharam em terreno positivo, com a escassez de demanda dando suporte aos preços.

O contrato do petróleo Brent para novembro - a referência global da commodity - fechou em alta de 0,71%, a US$ 92,00 por barril, enquanto o do WTI americano para outubro subiu 0,72%, a US$ 85,73 por barril. O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com a commodity, operava em queda de cerca de 0,14% por volta do horário de fechamento.

Os preços do petróleo fecharam a semana passada no vermelho, com os temores de que a desaceleração econômica, agravada pela expectativa de altas agressivas de juros do Federal Reserve (Fed) devem pesar sobre a demanda por energia.

Hoje, porém, os mercados "estão começando a acordar para perceber" que a oferta de destilados está tão apertada que há pouco espaço para qualquer interrupção antes da temporada de inverno (no hemisfério norte), que deve aumentar a demanda por energia para aquecimento, disse Phil Flynn, analista sênior de mercados do Price Futures Group, à "Dow Jones Newswires".

Para a decisão de juros de quarta-feira, a expectativa é amplamente de que o Fed eleve as taxas em 0,75 ponto percentual, com o dado acima do esperado de inflação ao consumidor da semana passada confirmando um aumento pelo menos desta magnitude. Os contratos futuros dos Fed Funds indicam uma aposta minoritária de uma alta ainda maior, de 1,0 ponto percentual cheio.

Vale lembrar que, na semana passada, um dos fatores que ajudavam a dar apoio para o avanço do petróleo foi eliminado do horizonte. Notícias sobre os EUA estarem planejando voltar a comprar petróleo para sua reserva (SPR, na sigla em inglês), caso os contratos chegassem ao preço de US$ 80 o barril, foram desmentidas pelo Departamento de Energia americano. Segundo o órgão, isso não deve ocorrer antes do fim de 2023.

André Mizutani e Arthur Cagliari – Valor Econômico