Petróleo cai para o menor nível em seis meses com Trump e Opep+
O petróleo caiu para o preço mais baixo em cerca de seis meses, conforme as ameaças comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump, prejudicam as perspectivas de demanda, e no momento em que a OPEP+ sinaliza que está pronta para começar a ampliar o fornecimento.
O contrato do tipo Brent caiu 2,4%, a US$ 69,30, enquanto o West Texas Intermediate caiu 2,86% a US$ 66,31 por barril. Ambos os preços de fechamento foram os mais baixos desde o início de setembro.
As medidas comerciais de Trump ameaçam reduzir a demanda global por energia e redirecionar os fluxos de petróleo, embora a forma como elas se desenrolarão dependa de sua composição final e duração, as quais permanecem incertas. Do lado da oferta, os países da OPEP+ estão avançando com um aumento programado na produção e os estoques domésticos dos EUA aumentaram na semana passada, aumentando as expectativas de um superávit.
O petróleo bruto apresenta tendência de queda desde meados de janeiro, já que as políticas de Trump aumentaram os temores de múltiplas guerras comerciais.
A crescente incerteza está levando muitas empresas a revisar as previsões de preços para baixo. A consultoria Enverus rebaixou sua previsão para o Brent de US$ 80 o barril para US$ 70 no ano. O Morgan Stanley cortou sua previsão de preço em US$ 5, para US$ 70 o barril para o segundo trimestre de 2025. O Citigroup prevê que o Brent cairá para US$ 60 o barril.
“O mercado está reprecificando o risco de queda no petróleo bruto, mudando de um piso de US$ 65 no WTI para algo próximo de US$ 60”, disse Rebecca Babin, trader sênior de energia do CIBC Private Wealth Group. “Neste ponto, o foco mudou completamente dos riscos de oferta para as preocupações com a demanda, o que pode sinalizar que estamos nos aproximando do fundo do poço.”