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Negócio

Petrobras muda política de preços para o diesel


BiodieselBR.com - 26 mar 2019 - 11:38

As mudanças nos preços do diesel no mercado brasileiro vão ficar menos frequentes. A Petrobras anunciou hoje (26) que os reajustes do derivado passarão a acontecer com diferença de – no mínimo – 15 dias entre um e outro. Atualmente, não há uma periodo mínimo.

Desde julho de 2017, a Petrobras passou a promover reajustes quase diários nos preços de referência de seus produtos num esforço para acompanhar mais de perto as cotações internacionais dos derivados.

A mudança na política da petroleira foi um dos fatores que contribuíram para a greve nacional de caminhoneiros registrada em maio de 2018 que levou a governo federal a criar uma política de subsídios com o objetivo de baratear e estabilizar os preços dos combustíveis nas bombas.

Embora os reajustes já não estejam acontecendo diariamente há algum tempo, a política ainda não havia sido oficialmente modificada pela direção da Petrobras.

Desde o começo do ano, foram promovidos 14 reajustes – 11 aumentos e 3 reduções – sendo o mais recente na última sexta-feira (22). A alta acumulada se aproxima de 17,4% e já vem dando espaço para boatos sobre a possibilidade de um novo movimento de caminhoneiros.

Paridade

Segundo o comunicado divulgado pela direção da estatal, apesar dos reajustes mais espaçados, a companhia continuará observando os preços de paridade internacional (PPI). Além disso, serão mantidos mecanismos de proteção dos preços – como o hedge com o emprego de derivativos – para garantir uma maior estabilidade nos valores cobrados dos consumidores.

Os preços do diesel nas refinarias correspondem a cerca de 54% dos preços ao consumidor.

Segundo a Petrobras, o brasileiro paga pelo litro de óleo diesel, em média, 18% abaixo da média global numa pesquisa que acompanha os preços em 163 países.


Sobre este aspecto, vale notar que pesquisa abrangendo 163 países – vide Globalpetrolprices.com – revela que o preço do diesel ao consumidor final no Brasil é 18% inferior à média global e ocupa a 57º posição, sendo, portanto, inferior aos preços observados em 106 países.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com