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Negócio

País gasta mais 20,5% com a importação de petróleo neste ano


Estadão Conteúdo - 09 set 2021 - 07:53

O Brasil não gastava tanto com a importação de petróleo desde 2019. Em agosto deste ano, foram US$ 618 milhões, uma alta de 140% comparada a igual mês do ano passado, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Nos oito primeiros meses do ano, os gastos subiram 20,5%.

Até maio, os gastos estavam caindo (1,9%, no acumulado do ano), mas passaram a crescer à medida que o País ampliava os volumes importados e que a commodity se valorizava no mercado internacional. As compras externas subiram 12,4% neste ano, chegando a 39,2 milhões de barris.

Ao mesmo tempo, a cotação do petróleo no mercado internacional, em oito meses, se valorizou em 5,6%. O barril, que custava US$ 63,08 em agosto do ano passado, já valia US$ 68,51 em igual mês deste ano.

A alta do petróleo contribuiu também para o crescimento da receita de venda do petróleo nacional, apesar do volume exportado ter caído 9,5% no acumulado de 2021. A receita avançou 36,5% de janeiro a agosto, comparado aos primeiros oito meses de 2020, alcançando US$ 16,8 bilhões. Apenas em agosto, a exportação de petróleo rendeu ao País US$ 1,95 bilhão.

A principal responsável pela balança comercial brasileira é a Petrobras, que tem na China seu maior comprador. O país asiático respondeu por 45% do volume total exportado pela empresa no segundo trimestre deste ano.

"Além da China, os melhores destinos para as vendas de petróleo nacional neste período foram Europa, América Latina, Estados Unidos e Índia", informou a Petrobras no seu balanço financeiro relativo ao período de abril a junho. O mercado internacional tem demonstrado especial interesse pelo petróleo produzido nos campos de Tupi e Búzios, localizados no pré-sal da Bacia de Santos.