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Negócio

G7 se compromete com fim dos subsídios aos fósseis até 2025


The Guardian - 03 jun 2016 - 16:31

Pela primeira vez, as nações do G7 se comprometeram com um limite para colocarem fim aos subsídios concedidos aos combustíveis fósseis. A expectativa é eliminar todo apoio financeiro ao carvão, petróleo e gás natural até 2025. Eles também encorajaram todos os países a se unirem num esforço para “eliminar subsídios ineficientes” dentro de uma década.

“Dado o fato de que a produção e uso de energia representam cerca de dois terços das emissões globais de gases do efeito estufa, nós reconhecemos o papel crucial que que o setor de energia deve desempenhar no combate às mudanças climáticas”, disse a declaração oficial dos líderes publicada ao final do encontro do G7 no Japão. O compromisso entrou pela primeira vez nas declarações do grupo em 2009, mas, até, agora não havia um prazo final.

Shelagh Whitley, pesquisador do Overseas Development Institute considerou a fixação de um compromisso firme “histórica”, mas afirmou que 2020 teria sido um prazo mais apropriado para transmitir a seriedade da decisão.

Os subsídios já vinham caindo entre os países do G7 com exceção notável do Reio Unido que criou novos incentivos tributários para os produtores de petróleo na região do Mar do Norte e do Canadá que estendeu benefícios concedidos ao gás natural.

Já o Japão foi alvo de críticas por financiar novas termelétricas a carvão.

“Temos visto alguns membros do g7 indo na direção errada desde [a COP] de Paris. O fato deles estarem se comprometendo, não significa missão cumprida”, pontua o pesquisador.

O G7 se une aos líderes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, na sigla em inglês) e ao Banco Mundial. Ambos já vinham cobrando a comunidade internacional pela descontinuidade dos subsídios.

O pronunciamento, no entanto, não definiu o que pode ser considerado um subsídio. Mas as estimativas da OECD são de que os desembolsos podem chegar a US$ 200 bilhões por ano. Se forem somados ainda os danos causados pela poluição e pelas mudanças climáticas, a conta – segundo um estudo do Fundo Monetário Internacional – pode subir para US$ 3,5 trilhões. Valor maior que os gastos globais com saúde.

Tradução e adaptação BiodieselBR.com