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Negócio

Com vendas em baixa no Petrobras, Petrobras começa 2021 com exportação em patamar recorde


Agência O Globo - 04 fev 2021 - 10:24

A Petrobras pretende exportar quase um milhão de barris por dia ao longo deste ano, repetindo o patamar recorde do ano passado. Na terça-feira, a estatal informou que embarcou 957 mil barris diários de petróleo e derivados em 2020, alta de 30,2% em relação ao ano de 2019.

Em comunicado, a estatal disse que em janeiro deste ano já bateu recorde. No terminal de Angra dos Reis, no Rio, foram embarcados para o exterior ao todo 19,3 milhões de barris de petróleo no mês de janeiro. "O recorde anterior, em maio de 2020, foi de 18,7 milhões de barris de petróleo exportados", disse a estatal em comunicado.

André Barreto Chiarini, diretor executivo de Comercialização e Logística da estatal, disse em entrevista coletiva que a meta é "manter o mesmo nível de exportação em 2021".

Segundo a companhia, as exportações de petróleo tiveram papel fundamental durante os piores momentos da pandemia, "permitindo geração de caixa em um momento crítico, além de evitar perdas de produção". Em abril de 2020, no ápice da crise, foram exportados 1 milhão de barris por dia.

Entre as exportações de 2020, o óleo combustível teve alta de 45,9%, com 194 mil barris por dia. Já o embarque de petróleo subiu 33%, para 713 mil barris diários.

No mercado interno, por conta da redução da atividade econômica, as vendas de diesel tiveram queda de 5,2% no ano de 2020. "No ano, a produção de diesel subiu 2,6%, apesar da queda anual nas vendas, tendo o excedente sido direcionado para exportação". A estatal diz que as vendas de gasolina tiveram retração de 9,3% em relação a 2019 devido às restrições à mobilidade impostas pela pandemia.

Em 2020, foram obtidos recordes de produção anual, com 2,28 milhões de barris diários de petróleo. Se somar a produção de gás, o total chega a 2,84 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Em 2020, a produção dos campos do pré-sal foi de 1,86 milhão de barris por dia, com participação de 66% na produção total, contra apenas 24% em 2015.