Ceticismo cresce em torno dos biocombustíveis
Fazer combustível da energia solar que os organismos vivos armazenaram pela fotossíntese é uma ideia tentadora. Afinal, é algo “verde” por natureza, e não foi por outro motivo que estratégias de produção de biocombustíveis (desde a fermentação de amido e a reciclagem de óleo de cozinha até a conversão de algas em bioquerosene de aviação) arrecadaram mais de US$ 126 bilhões em investimentos desde 2003, segundo o Bloomberg New Energy Finance (BNEF), órgão de pesquisas. Os resultados, porém, parecem um diagrama de Venn cujos conjuntos mal chegam a coincidir: os biocombustíveis comercialmente mais competitivos não são realmente verdes, e os verdes não são comercialmente competitivos.