PUBLICIDADE
CREMER2024 CREMER2024
Bioquerosene

Shell investe em empresa de combustível de aviação sustentável


Bloomberg - 07 abr 2021 - 12:08

A Royal Dutch Shell investiu na empresa de tecnologia de combustíveis sustentáveis LanzaJet como parte de uma série de acordos para sua transição energética.

A petroleira anglo-holandesa não divulgou detalhes financeiros, mas a expansão em energia limpa até agora envolveu pequenas aquisições, bem como crescimento orgânico. Essa estratégia contrasta com as rivais europeias Total e BP, que adquiriram bilhões de dólares em ativos renováveis.

A LanzaJet está construindo uma unidade no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, com capacidade para produzir cerca de 45 milhões de litros por ano de combustível de aviação sustentável, ou SAF na sigla em inglês, a partir de 2022. Sua tecnologia pode usar etanol feito com “poluição reciclada” para a produção de combustível de aviação, segundo comunicado. Até 90% de seus combustíveis podem ser produzidos como SAF, com os 10% restantes como diesel renovável.

Para a Shell, o acordo com a LanzaJet se soma às compras recentes de uma operadora de usina de energia virtual e de uma rede de recarga de veículo elétricos, e é uma das várias incursões em combustíveis de aviação mais ecológicos, de acordo com a empresa.

“É parte de uma lista de investimentos de portfólio que estamos montando para criar uma gama mais ampla de caminhos de tecnologia para combustíveis de aviação sustentáveis”, disse Anna Mascolo, presidente da Shell Aviation. “A peça crítica para a indústria é SAF em ritmo e SAF em escala”, afirmou em entrevista.

A LanzaJet foi criada no ano passado pela empresa de tecnologia de energia alternativa LanzaTech. A companhia planeja desenvolver quatro unidades para produzir combustível de aviação sustentável, bem como diesel renovável. Os investidores da LanzaJet incluem Suncor Energy e Mitsui & Co. Em fevereiro, a empresa fechou um acordo com a British Airways, que usará parte do combustível derivado de etanol da LanzaJet a partir do final de 2022.

Além de seu negócio inicial com a LanzaJet, a Shell poderá fazer mais investimentos na construção de unidades de produção nos próximos anos, de acordo com o comunicado.

Laura Hurst – Bloomberg