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[Vídeo] Câmara setorial do biodiesel discutiu canola e selo social


BiodieselBR.com - 22 jul 2011 - 07:06 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:17

Na quarta-feira (21) a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel se reuniu em Brasília (DF) na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Foi a 12ª reunião ordinária do corpo criado para discutir assuntos ligados a produção de óleos e gorduras para a indústria do biodiesel.

Entre os assuntos debatidos na reunião está a composição do colegiado da câmara que deverá passar a incluir representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Canola (AbrasCanola) e da nova entidade representativa que os produtores de biodiesel dissidentes da Ubrabio organizaram, a Associação dos Produtores do Biodiesel do Brasil (Aprobio).

A reunião ainda foi composta por duas apresentações realizadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

A primeira delas com propostas para o fortalecimento da cadeia de produção da canola. Segundo a apresentação feita pelo MDA, a canola tem se mostrado uma boa opção como cultura de inverno para os agricultores da Região Sul, permitindo a otimização no uso da terra em sistemas de rotação de culturas. A planta rende até 38% de óleo e seu farelo tem entre 34% e 38% de proteína e, como seus preços são semelhantes aos da soja, seu plantio tem se mostrado comercialmente atrativo.

Ao bom desempenho comercial se soma o esforço que produtores de biodiesel – notadamente a BSBios – vem fazendo para fomentar a produção da canola e os resultados tem aparecido. Prova disso é o crescimento acelerado da área plantada. Na safra de 2009, foram plantados 31 mil hectares e produzidas 42 mil toneladas de canola. Já no ano passado, a área subiu para 46 mil hectares com uma produção de 65,6 mil toneladas. E esse ano a previsão é de novo aumento.

O aumento de interesse levou a formação da Associação Brasileira dos Produtores de Canola (AbrasCanola) e a publicação do zoneamento agrícola e de risco climático específico para essa cultura com o governo desenhando várias outras iniciativas para aumentar a produção brasileira.

Além de saberem mais sobre os avanços da canola no Brasil, os participantes da reunião também puderam conhecer mais a fundo as proposta para a alteração do Selo Combustível Social que estão em debate atualmente no MDA. A ideia é publicar uma nova Instrução Normativa que corrija distorções existentes nas regras atuais no sentido de aumentar a segurança dos agricultores, facilitar o trabalho das usinas, acelerar a diversificação de matérias-primas para o biodiesel, normatizar os arranjos com culturas perenes – em especial a palma de óleo, aperfeiçoar o monitoramento e reduzir a burocracia relacionada ao selo.

Outro objetivo é aproximar as iniciativas de fomento à agricultura familiar relacionadas à produção de biodiesel do público do Programa Brasil sem Miséria recentemente lançado pelo governo federal.

Mas a mudança mais importante é o aumento da porcentagem mínima que os produtores de biodiesel terão de comprar da agricultura familiar. No Centro-Oeste e Norte a índice irá dos atuais 15% para 20% e na Região Sul irá de 30% para 40%. No Sudeste, Nordeste e Semiárido continuam valendo os atuais 30%. A boa noticia é que os produtores de biodiesel também poderão passar a lançar uma série de novas despesas dentro da cota obrigatória de aquisições da agricultura familiar entre elas a atividade de pesquisa em cima de matérias-primas que desejarem fomentar.

As novas regras também aumentam a segurança das usinas quando elas não puderem efetuar as compras mínimas por causa de quebras de safra.



Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com