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Biomassa

Carvão Vegetal


BiodieselBR - 02 fev 2006 - 23:00 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

Biomassa

No Brasil, em 2000, 9% do carvão vegetal foi usado em residências (cocção) e 86% em indústrias, a maior parte na produção de ferro gusa. Do total de 21,2 Mtep (~69.5 Mt) de lenha usada para energia no país, 7,8Mtep foram destinadas à produção de carvão vegetal. As políticas para a redução de importação de coque e carvão mineral fizeram a produção de carvão vegetal crescer muito nos anos 80, atingindo o pico em 1989 (40% da produção de ferro gusa).

Em seguida as facilidades para importação de coque e uma política ambiental severa de restrição ao uso de florestas nativas para carvão vegetal levaram a que apenas 25% do gusa utilizasse carvão vegetal em 1998.

As tendências nos últimos anos indicam que a produção a partir de florestas nativas (80% nos anos 80) caiu rapidamente para os limites legais de 10%: em 1997 atingiu 13% do carvão para a indústria do aço, e em 2002, 28% de todo o carvão vegetal. A tecnologia começou a evoluir dos tradicionais fornos “rabo quente” para fornalhas retangulares e processos muito mais eficientes estão sendo gradualmente adotados, sendo que o uso de florestas plantadas reduz os custos de transporte.

O interesse na siderurgia a carvão vegetal renovou-se com as perspectivas do uso do MDL para premiar a produção de “aço verde”. Buscam-se tecnologias mais limpas e eficientes, incluindo a utilização de sub -produtos (do alcatrão e dos gases efluentes). Estima-se que a produção de gusa hoje (27 milhões t) necessitaria de 17,5 milhões t de carvão vegetal, com uma área plantada de 3,3 milhões de ha.