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Biodiesel

Apesar de queda recente, óleo de palma segue valorizado e com demanda aquecida


Valor Econômico - 15 ago 2007 - 07:07 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

A crescente demanda por óleo de palma para a produção de biodiesel - principalmente em países da Ásia e Europa - provocou uma escalada nos preços futuros do óleo de palma na bolsa da Malásia, seu mercado de referência.

De acordo com cálculo do Valor Data, os preços acumulam valorização de 28% no ano. Em 12 meses, a cotação do óleo subiu 72,2%. Ontem, preços recuaram na bolsa da Malásia, com vendas de especuladores influenciados pelas notícias de que os estoques globais do produto tiveram pequeno aumento, devido à redução do processamento pelas indústrias malaias.

Conforme o Conselho de Óleo de Palma da Malásia, os estoques malaios aumentaram 9% em julho em relação a junho, para 1,31 milhão de toneladas. A produção cresceu 16,3% no período, para 1,36 milhão de toneladas. O contrato para setembro recuou 1,9%, para US$ 787,50 por tonelada.

O cenário, no entanto, segue positivo para a commodity. Malásia e Indonésia (que juntos respondem por 85% da oferta global de óleo de palma), fizeram acordo em 2006 para produzirem 12 milhões de toneladas de biodiesel de palma por ano. A União Européia, que em 2006 importou 4,5 milhões de toneladas do óleo, espera importar 4,9 milhões neste ano. A China também prevê importar 1 milhão de toneladas a mais neste ano, ou 5,4 milhões de toneladas do óleo - todos com a meta de usar parte do óleo na produção de biodiesel.

Por conta do aumento do consumo do óleo de palma e de outras commodities para biodisel e a alta nos preços internacionais, a FAO, braço da ONU para alimentação e agricultura, sugeriu aos países que reavaliem suas estratégias para a produção de biocombustíveis.