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Biodiesel

Lula quer evitar com biodiesel erro cometido com o álcool


Agência Estado - 15 mai 2007 - 12:22 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que é preciso tomar cuidado para que o Brasil, no caso do biodiesel, não cometa os mesmos erros que foram cometidos com o álcool. Ele disse que o sucesso dos veículos que utilizam mais de um combustível dá a certeza de que o álcool virou uma matriz energética importante.

Para Lula, a intenção do Brasil de fornecer álcool a outros países aumenta a responsabilidade, porque é preciso garantir o suprimento. "Não podemos brincar." No caso do biodiesel, Lula defendeu que é preciso que uma empresa se responsabilize pela regulação do estoque e que não há ninguém mais bem preparado para isso do que a Petrobras.

O presidente disse que em reuniões com outros países, como no G 8, ele vai fazer a propaganda do etanol e do biodiesel. "Querem despoluir o planeta, querem diminuir o aquecimento global e melhorar a qualidade do ar, usem combustível renovável, que o Brasil quer ser parceiros de vocês", disse o presidente, numa referência à campanha que fará para o consumo do álcool e do biodiesel.

Condições de trabalho

Lula disse que depois que o álcool foi consolidado como matriz energética "de qualidade excepcional", é preciso humanizar a produção de cana-de-açúcar e criar melhores condições de trabalho. "Este será o segundo passo", disse o presidente, no Palácio do Planalto. Lula observou que existem ainda outras questões que envolvem a produção de álcool combustível, como a construção de um álcoolduto, ligando a região Sudeste ao Porto de Santos, e a instalação de 76 novas usinas.

Sobre as condições de trabalho dos plantadores de cana, o presidente disse que seria "ótimo" que a questão fosse resolvida entre sindicato de trabalhadores e empresários e que o governo fosse ser o indutor dessa conversa. Ele ressaltou, no entanto, que se houver problema eles serão fiscalizados pelo Ministério do Trabalho. Segundo o presidente, se for necessário o governo ou a bancada aliada no Congresso poderão apresentar um projeto de lei para regular o setor.

Gerusa Marques