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[Análise] Plantas perenes e anuais: vantagem e desvantagem - 10.mar.08


BiodieselBR - 09 mar 2008 - 13:34 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

No nordeste começam a surgir vozes contra as plantas anuais para biodiesel. O presidente da Agência para o Desenvolvimento Econômico do Ceará, Antonio Balhmann disse na Assembléia Legislativa do seu estado que o futuro do biodiesel da região deverá ser de plantas anuais da família das palmáceas, como o buriti, a macaúba e o babaçu, pois são plantas nativas no estado encontradas em formações naturais de muitas regiões ainda não devastadas.

Muitos envolvidos no setor há tempos defendem o plantio de plantas perenes para a produção de biodiesel, principalmente na região nordeste, onde o regime de chuvas é curto e irregular. As plantas perenes têm contra si o espaço de tempo entre três e seis anos para o inicio da produção. Mas possuem a grande vantagem de produzir, mesmo com chuvas irregulares e atrasadas, por 30 ou 40 anos sem necessidade de novos plantios.  O pinhão-manso, por exemplo, enquanto não tiver umidade suficiente no solo ele continua em dormência. Com umidade adequada começa a brotar e emitir suas floradas, mesmo que as chuvas cheguem com atraso sua produção não estará comprometida. Diferente da mamona, girassol ou outras culturas anuais, que precisam de chuva com dia e hora marcada, sob pena de redução drástica da produtividade.

Essa mudança de pensamento, de cultura anual para perene, poderá ajudar muito o biodiesel brasileiro no futuro. Plantas perenes que não tem mercado alimentício estabelecido, podem trazer uma boa renda para quem produz e ajudar as usinas a sair da concorrência com a indústria de alimentos.

A análise desta semana continua nas páginas:

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