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[Análise] As mudanças no Selo Combustível Social


BiodieselBR.com - 02 mar 2009 - 12:33 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:08

Com a entrada em vigor das novas normas do Selo Combustível Social as usinas começam a fazer suas contas para ver se a nova regulamentação produzirá resultados (lucros) para a empresa.

Os maiores produtores de biodiesel brasileiro que possuem o Selo Social usam o óleo de soja como matéria-prima para biodiesel. A tendência é que isto não mude no curto prazo. Essas usinas continuarão a envolver mais pequenos produtores de soja, pois não há necessidade de muitos investimentos e o produtor já tem conhecimentos sobre a cultura e domina todo o processo de produção. Isso acarreta em custos muito menores para as usinas.

Cada usina fará suas contas para decidir se inicia o trabalho de troca de matéria-prima em função do índice de 1,5. Na realidade esse índice reduz em 33,33% o percentual de óleo alternativo à soja para a usina ter o benefício fiscal. Ao invés da usina utilizar 100 litros de óleo de soja oriundo da agricultura familiar, serão necessários apenas 66,66 litros de outro óleo produzido pelo pequeno produtor. Com isto a empresa terá as isenções fiscais de acordo com a nova regulamentação.

Mudar de óleo depende de escala de produção e regularidade. As grandes usinas tem processos industriais automatizados que necessitam de um padrão de qualidade de matéria-prima uniforme e constante. Não podem mudar aleatoriamente a especificação do óleo que entra no processo. Qualquer mudança na qualidade do óleo altera as especificações do biodiesel produzido.