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[Análise] Ecodiesel e Petrobras: caminhos tortuosos


BiodieselBR.com - 18 ago 2009 - 15:20 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:09

A nova administração da Brasil Ecodiesel pretende seguir agora o caminho que deveria ter sido tomado já no início da história da empresa: investir na produção de óleos vegetais.

Inicialmente a prioridade foi aumentar o número de usinas de biodiesel e qualquer possibilidade de ampliar sua atuação com produção própria de óleos vegetais foi recusada.

Com essa nova postura, a empresa se tornará muito mais competitiva, já que seus custos iniciarão no preço do soja e não do óleo. Obviamente a entrada nesse novo segmento deve demandar investimentos altíssimos.

A Petrobras, que não possui a mesma restrição de crédito, deveria seguir o mesmo caminho, pois atualmente é apenas uma compradora de óleo vegetal degomado. Se adquirisse soja em grãos e os transformasse em subprodutos, também teria melhores custos. O óleo representa apenas 20% da soja, o restante é farelo, que em muitas situações cobre o custo de toda a soja utilizada e ainda deixa margens.

Essa é a parte da verticalização da Petrobras que está faltando e segundo o presidente da PBio, este tema entrará na agenda da estatal em breve. Mas até o momento nenhuma movimentação nesse sentido parece estar acontecendo. Da mesma forma a Ecodiesel também não tinha esses planos, mas acabou percebendo que era melhor incluir o processamento da soja em sua atividade principal.

Semelhanças
Semelhanças entre o projeto inicial da Ecodiesel e o projeto atual da Petrobras podem ser encontradas na área social. A exemplo dos primeiros anos da Ecodiesel, hoje a estatal é a empresa do setor que mais investe na agricultura familiar e inclusive acabou assumindo muitas famílias que depositaram esperança na Ecodiesel. Mas se as altamente necessárias e amplamente desejadas mudanças no selo não vierem de maneira satisfatória, poderemos ver mais um projeto social naufragar.