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[Análise] Algas estão no futuro


BiodieselBR.com - 23 jun 2009 - 12:37 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:09

Estimulando essa busca, usinas têm desenvolvido e incentivado cultivos de plantas com alguma tecnologia consolidada, como é o caso da mamona, do girassol, da canola e do dendê. O extrativismo também vem sendo incentivado, principalmente por pesquisas na região Norte, com o babaçu, inajá e andiroba. Todas essas opções ainda estão em fase inicial e sua produção ainda é pequena, mas regionalmente possuem futuro, respeitando as condições edafoclimáticas e a vocação agrícola de cada local.

Mas essas matérias-primas perdem o brilho quando comparadas com as algas. Com estudos apontando uma produtividade de até 100 mil litros de óleo por hectare/ano, os quatro mil litros da palma parecem irrisórios. Desconsiderando os problemas, esta seria uma das muitas vantagens das algas, fazendo destes microorganismos uma opção promissora.

Pesquisadores do mundo inteiro estão empenhados em viabilizar a produção em larga escala. Muitos avanços aconteceram nos últimos anos, mas até agora nenhuma empresa conseguiu mostrar a viabilidade. Segundo alguns pesquisadores, com as tecnologias utilizadas hoje, o custo de produção de um litro de biodiesel em larga escala seria cerca de 10 a 20 reais.

Apesar de absolutamente inviável neste momento, o potencial das algas é muito grande para ser desconsiderado e por isso as pesquisas continuam. Apesar dos esforços e recursos despendidos, dificilmente veremos usinas produzindo biodiesel de algas comercialmente em menos de sete anos.

O desenvolvimento dessa opção de matéria-prima não torna obsoleta a tecnologia das usinas brasileiras já instaladas, pois o óleo retirado das algas ainda precisa passar pela transesterificação. No entanto as usinas com esmagadoras integradas podem ter o ganho dessa verticalização reduzido após a maturação da tecnologia de produção de algas.