[Análise] Agrenco: problemas financeiros
Os problemas enfrentados pela Agrenco nos últimos meses nada tem a ver com a produção de biodiesel. A Agrenco tinha problemas de endividamento desde antes do lançamento de ações na bolsa. Usou a maior parte dos recursos da venda de ações para liquidar dívidas e uma pequena parcela para capital de giro. Como a soja e seus derivados subiram muito de preço nos últimos seis meses, foi preciso um valor maior de capital de giro. Cerca de 80% de suas dívidas de R$ 1,2 bilhão de reais são de curto prazo e a empresa não vem conseguindo alterar esse perfil.
O principal negócio da Agrenco é a exportação de soja, farelo e óleo. A produção de biodiesel entrou na empresa como uma oportunidade de agregar mais valor a seus produtos.
A Agrenco construiu dois complexos industriais de esmagamento de soja e três usinas de biodiesel. Apenas uma indústria está operando, a de Alto Araguaia (MT). Essa unidade está esmagando soja, vendendo farelo e óleo no mercado e iniciou no final de junho a produção do biodiesel. A indústria de Caarapó (MS) está pronta, mas sem data para entrar em operação. A usina de produção de biodiesel de Marialva (PR) está em fase final de construção.
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B5 em 2010
