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Análise da Semana: 29.out.07


BiodieselBR - 30 out 2007 - 08:44 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

Análise Semanal 29.out.07

Padrão para o biodiesel
O etanol combustível que já tem seus trinta anos, está caminhando para obter uma certificação internacional. Um padrão de qualidade aceito por todos os países do planeta.

O biodiesel começou a ganhar força na Europa nos primeiros anos deste século e se fortaleceu a partir do final de 2004 com a nova escalada de preço do petróleo. A União Européia foi a primeira a certificar o biodiesel, seguida pelos Estados Unidos e em 2004 o Brasil. As três certificações diferem no padrão de qualidade final do produto. A certificação Européia deixa clara a preferência pelo biodiesel produzido com óleo de colza, a americana com óleo de soja e a brasileira, por ser mais tolerante, aceita o uso de diversas matérias-primas. Isto não quer dizer que o biodiesel produzido no Brasil seja de qualidade inferior em virtude da legislação ser mais branda. Cada tipo de óleo vegetal tem características próprias, conseqüentemente o biodiesel produzido carregará junto estas características. A transesterificação não elimina estas diferenças e não padroniza o éster produzido com qualquer tipo de óleo.

O comércio de biodiesel entre países começou em 2006 e neste ano poderá ultrapassar o volume de um bilhão de litros, com a União Européia como a principal compradora. Com isso, torna-se imprescindível e urgente estabelecer padrões internacionais de qualidade. Mesmo porque, o comércio internacional de biodiesel está apenas começando e a previsão é de que esse volume aumente para a casa de dois dígitos nos próximos anos.

O biodiesel não poderá aguardar o mesmo tempo do álcool para obter a certificação.

Biodiesel de algodão
Nos últimos meses inúmeras reportagens e notícias foram divulgadas sobre o potencial do algodão para biodiesel no Brasil. No levantamento da CONAB para o ano de 2008 a produção brasileira de caroço deverá ser de 4 milhões toneladas, resultando em 1.568 mil toneladas de pluma e de 2 milhões de toneladas de caroço.

Para a extração de óleo do caroço do algodão para biodiesel o processo mais usado é através de prensas mecânicas. Este processo extrai cerca de 10% de óleo em relação ao peso total do caroço. Ou seja, de todo o caroço de algodão que será produzido no Brasil em 2008, poderá ser extraído 200 mil toneladas de óleo, que poderão render 200 milhões de litros de biodiesel. Porém, devemos levar em conta que boa parte deste óleo sempre teve outras aplicações na área industrial e alimentícia e não será possível contar com todo este óleo para biodiesel. Além do que, seu preço acompanhou a alta verificada nos demais óleos e gorduras nos últimos doze meses.

A produção de biodiesel com óleo de algodão deverá absorver uma parte deste óleo. Dessa forma o algodão contribuirá com um pequeno percentual do total de matéria-prima necessária para 2008.


Leilões
A ANP realizou no dia 22/10 a audiência pública antecedendo o edital dos próximos leilões. A agência deverá divulgar nessa semana os referidos editais com as novas regras a serem cumpridas pelos participantes. O setor está aguardando com ansiedade os editais que ditarão os rumos do biodiesel para os próximos doze meses.

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Os novos leilões que a ANP fará em novembro e dezembro deverão comercializar cerca de um bilhão e duzentos milhões de litros de biodiesel que serão produzidos durante o próximo ano. Essa produção para 2008 será quatro vezes maior que toda a produção de 2007.


Análise anterior

19 out

  • As dúvidas para os próximos leilões.
  • Investimento em pequenas usinas de biodiesel.
  • As vendas de soja.
  • Jatrophacultores.

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