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Análise da Semana: 02.mai.08


BiodieselBR - 02 mai 2008 - 16:17 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

Análise Semanal 02.mai.08

A coluna do pesquisador Décio Gazzoni, publicada nesta semana com o título “Alimentos e biocombustíveis: uma análise completa”, apresenta com clareza e com números, as causas, os efeitos e as possíveis soluções para o problema da alta nos preços dos alimentos e a conseqüente fome no mundo.

Em sua análise, Gazzoni aponta que os biocombustíveis têm uma participação mínima na formação dos preços dos alimentos, e mesmo esta pequena participação só acontece em razão do milho que os americanos usam para a produção de álcool. A cana nada tem a ver com o aumento do preço dos alimentos.

Com embasamento, Gazzoni mostra que os reais motivos do aumento do preço dos alimentos são: as mudanças climáticas, ocasionando secas e redução de produção, os subsídios agrícolas dos países ricos, o aumento da demanda, principalmente asiática, a desvalorização do dólar, o aumento do petróleo, com o conseqüente aumento dos custos de produção e dos fretes, e a especulação financeira.

O estudo não se resume a apresentar os problemas, também aponta soluções, como a redução do desperdício de alimentos no mundo, que chega a quase 20% do total produzido. Para Gazzoni, se o mundo reduzir em 1,12% o desperdício anual e aumentar em 1% ao ano a área agrícola, nos próximos 10 anos estará resolvido o problema alimentar mundial.

Outra questão apontada no artigo é a necessidade dos governos investirem no desenvolvimento e transferência de tecnologia para o setor agrícola, aumentando a produtividade. No caso brasileiro, aumentar o apoio técnico e financeiro nas empresas de extensão rural (EMATERs).

O texto, que você pode conferir na íntegra aqui, foi feito em resposta a uma solicitação da Presidência da República algumas semanas atrás. Foi depois de recebido o artigo que o presidente Lula começou a defender com mais virulência os biocombustíveis. Até as frases ditas pelo presidente são semelhantes ao texto.

De hoje em diante, quando alguém precisar defender os biocombustíveis de acusações de aumento do preço dos alimentos, poderá recorrer aos argumentos do pesquisador.


Usinas mostram maturidade
Esta semana a ANP divulgou a produção de biodiesel do mês de fevereiro. O total produzido foi de 72,7 milhões de litros, o que representa a maior produção já registrada em um só mês.

Além de bater recorde de produção, as usinas de biodiesel estão produzindo mais do que está sendo consumido e mostrando maturidade. Antes do início da obrigatoriedade do B2 havia dúvida se as usinas conseguiriam suprir a demanda. O preço do biodiesel era baixo e o da matéria-prima era alto, e por isso havia um temor quanto à quantidade de biodiesel que seria produzida. Hoje não há mais dúvidas quanto ao comprometimento das usinas com o programa de biodiesel do governo.

Como sinal de confiança no setor, o governo lançou um novo desafio às usinas: o B3. A partir do segundo semestre, elas terão que produzir pelo menos 110 milhões de litros por mês, o que representa um salto quando comparado ao produzido atualmente. Mas essa nova meta não será tão amarga de atingir. O valor pago no segundo semestre será quase 50% maior do que está sendo pago agora e as usinas estão mais seguras com sua capacidade de produção.



Conferência BiodieselBR 2008

  • Rio de Janeiro: 30 de maio
  • Cuiabá: 20 de junho
  • São Paulo: 08 de agosto
  • Curitiba: 29 de agosto

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